O presidente Lula reconheceu hoje (30) pela manhã que o salário mínimo é baixo. “Obviamente que o salário mínimo sempre é pouco, sempre é pouco porque é o mínimo. Ele é pouco no Brasil e é pouco no mundo inteiro”, afirmou ele no seu programa semanal de rádio Café com o Presidente. Hoje, o salário mínimo é de R$ 380 – era R$ 350 até um mês atrás.
Mas ele se disse otimista ao fazer um balanço do dia do Trabalho, comemorado amanhã. “Tomamos a decisão de recuperá-lo [o mínimo]. É importante comparar o que ele poderia comprar de cesta básica em janeiro de 2003 e o que ele pode comprar hoje. Ou seja, praticamente dobrou o poder aquisitivo do salário mínimo no Brasil. Estamos reajustando o salário mínimo sempre acima da inflação para que a gente possa ter um poder de compra que permita um cidadão que ganhou o salário mínimo cuidar de si e da sua família”, afirmou Lula.
O presidente lembrou que 86% dos trabalhadores tiveram aumentos salariais maiores que a inflação no ano passado. Lula lembrou que, em seu tempo de sindicalista, era uma “grande conquista” obter um reajuste próximo ao da inflação.
Leia também
Ele comentou que só o aumento do salário mínimo vai injetar R$ 15 bilhões na economia do Brasil. “É dinheiro que está circulando, gente que está consumindo. Quando há consumo, as lojas encomendam mais na fábrica, as fábricas produzem mais, geram mais empregos.”
Quanto ao ingresso de jovens no mercado de trabalho, Lula disse esperar que a economia cresça para haver maior geração de empregos. Para isso, ele citou que os “todos os números” indicam essa direção, graças ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e à isenção de impostos. “O Brasil que ficou praticamente 20 anos sem gerar emprego”, recordou dele antes de citar um fato positivo.
“No mês de março, a gente bateu o recorde na geração de emprego com carteira assinada, ou seja, foi 91% maior do que foi em março de 2006. E o maior número histórico desde que existe o Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados]. O presidente finalizou o programa prometendo um 1º de maio em 2008 melhor do que o deste ano. (Eduardo Militão)
Leia outras notícias publicadas hoje (30)
Lula não participará da Missa do Dia do Trabalho
O presidente Lula não vai participar este ano da Missa do Dia do Trabalho, que se realizará amanhã (1°) na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Lula, que assumiu a Presidência da República em 2003, participa da celebração há 24 anos. De acordo com o Palácio do Planalto, o presidente decidiu ficar em Brasília ao lado dos familiares. O ministro da Previdência, Luiz Marinho, vai representar o presidente na missa. (Rodolfo Torres)
Lula comparece ao velório de Octávio Frias
O presidente Lula chegou, na manhã de hoje (30), ao velório do dono do grupo Folha, Octávio Frias de Oliveira, segundo informações da rádio CBN. Ele comentou o fato de o publisher do jornal não ter postura “chapa branca” – ou seja, governista – e, mesmo assim, elogiar o governo quando avaliava que o Estado agia da maneira correta.
De acordo com a rádio, o corpo de Frias é velado desde as 9h no cemitério Gethsêmani, na capital paulista. O enterro está marcado para acontecer por volta de meio-dia. Fundador do Grupo Folha, Frias tinha 94 anos e sofria de insuficiência renal grave. Ele morreu no domingo à tarde (leia).
Luto
O presidente Lula decretou hoje luto oficial de três dias pela morte de Octavio Frias. Em nota oficial divulgada ontem, Lula afirmou que “o Brasil perde um dos seus mais lúcidos e destacados homens de imprensa”.
Marina Silva: "Ibama não está acéfalo"
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, negou hoje, em entrevista ao telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) esteja acéfalo. Segundo Marina, Marcus Barros, o presidente exonerado, segue trabalhando até que uma nova diretoria seja nomeada.
Sobre o pedido demissão de vários diretores, solidários a Barros, a ministra disse que já está providenciando as substituições. "O presidente do Ibama estará lá até que seja nomeado um novo presidente. O Ibama não está acéfalo. Nós estamos repondo todos os diretores que pediram para sair, estamos fazendo novas nomeações e o presidente Marcus Barros ainda está na presidência do Ibama, ainda que tenha pedido para sair", disse.
Apesar dos indícios, Marina Silva recusou a tese de que a reestruturação do comando do Ibama tenha qualquer relação com o demora na concessão do licenciamento ambiental para que sejam construídas duas usinas hidrelétricas no rio Madeira. As obras, que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ainda não foram liberadas porque o Ibama teme que elas prejudiquem a migração dos peixes.
"A reestruturação é um processo que está em curso desde que eu assumi o Ministério do Meio Ambiente. Nos primeiros quatro anos de mandato do governo Lula, nós preferimos conhecer a estrutura, trabalhar por dentro dela. Ao continuar no Ministério do Meio Ambiente, eu cheguei à conclusão de que ela era fundamental", afirmou.
Na semana passada, contudo, o presidente Lula admitiu estar chateado com a demora na liberação das licenças. "Agora não pode por causa do bagre, aí jogam o bagre no colo do presidente. O que eu tenho com isso? Tem que ter uma solução", disse. Sobre as demissões no comando do órgão, Lula foi irônico: "Em vez de problema, talvez isso seja solução".
Além da troca de diretoria, a reestruturação inclui a criação de três novas secretarias: a de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental; a de Cidadania Ambiental e Relações Institucionais; e a de Desenvolvimento Rural e Sustentável e Extrativismo. Dentro da estrutura administrativa do Ibama, foi criado o Instituto Chico Mendes, que passará a cuidar das unidades de conservação ambiental. (Carol Ferrare)
TCU identifica quadrilhas regionais em municípios
Auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) mostram que pessoas formam quadrilhas reg
Deixe um comentário