“O Supremo Tribunal Federal, atento às anomalias que pervertem os fundamentos ético-jurídicos da República e inspirado pela ação exemplar do saudoso ministro Teori Zavascki, […] em detrimento do interesse público, não hesitará, agindo sempre com isenção e serenidade e respeitando os direitos e garantias fundamentais assegurados pela Constituição, em exercer, nos termos da lei, o seu magistério punitivo, com a finalidade de restaurar a integridade da ordem jurídica violada”, diz trecho do discurso de Celso de Mello.
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Responsável por pouco mais de 7,5 mil processos, sendo quase 120 da Operação Lava Jato, Teori Zavascki comandava a maior investigação de corrupção da história do país, que envolve o julgamento de dezenas de políticos com foro privilegiado. A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, ressaltou a “simplicidade” da homenagem a Teori como um tributo ao próprio estilo mantido pelo ministro durante sua carreira, que foi marcada pela discrição.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também prestou homenagem a Teori Zavascki. Em nome do Ministério Público Federal (MPF), ele elogiou a atuação do ministro e mencionou também as circunstâncias trágicas em que ocorreu sua morte.
“Muitos acreditam em destino ou na máxima ‘já estava escrito’. Pode ser, mas se assim for, fica a indagação de qual terá sido o propósito do roteirista desse incompreensível episódio”, disse Janot.
A sessão solene contou com a presença dos cerca de 50 funcionários e dos três juízes auxiliares que trabalham no gabinete de Teori Zavascki. Um dos juízes auxiliares, Marcio Schiefler, que ocupava um cargo de confiança, já se desligou do tribunal. Os funcionários concursados permanecerão para trabalhar com o ministro que ocupará a vaga de Teori.
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Com informações da Agência Brasil