Como pôde ser conferido na edição on line do Congresso em Foco de sábado, se as eleições fossem hoje, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Rede Globo (divulgada na sexta-feira, 11), quatro importantes colégios eleitorais brasileiros encerrariam a disputa para governador no primeiro turno. Em dois deles, Minas Gerais e São Paulo, a vitória seria dos tucanos. Nos outros dois, do PMDB (Rio) e do PFL (Distrito Federal).
No caso de Minas, o governador Aécio Neves (PSDB) venceria com folga. De acordo com a pesquisa, o tucano seria reeleito com 71% dos votos válidos. Diferença de 64 pontos percentuais do adversário mais próximo, Nilmário Miranda (PT), que teve 7% das intenções de voto dos entrevistados. O levantamento consultou 2.002 eleitores, entre 7 e 9 de agosto.
Em São Paulo, o Ibope confirmou o favoritismo do candidato ao governo pelo PSDB, José Serra, com 46% das intenções de voto, o que também lhe garantiria a eleição no primeiro turno. Juntos, os demais candidatos somaram 29% da preferência do eleitorado paulista. O petista Aloizio Mercadante vem em segundo lugar, com 15%. O candidato do PMDB, Orestes Quércia, recebeu 9% das intenções de voto. Foram entrevistados 2.002 paulistas entre 8 e 10 de agosto.
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No Rio, o candidato ao governo Sérgio Cabral (PMDB) mantém a vantagem sobre os adversários e venceria a eleição no 1o turno. Considerando apenas os votos válidos, ele seria eleito com 58%. Depois vem Marcelo Crivella (PRB) com 18%, Denise Frossard (PPS) com 7% e Eduardo Paes (PSDB) com apenas 1%. A porcentagem reflete a opinião de 2.002 eleitores consultados entre 8 e 10 de agosto.
Já no DF, o deputado federal José Roberto Arruda (PFL) venceria a disputa no primeiro turno com 47% dos votos. Em segundo lugar, a governadora Maria de Lourdes Abadia tem 19% das preferências. A petista Arlete Sampaio tem 10%. O candidato do Psol, Antonio Carlos Andrade, 1%. Na capital federal, foram ouvidas 1.806 pessoas entre 8 e 10 de agosto.
Ibope dá vitória a Almir Gabriel e a Lula no Pará
A primeira pesquisa do Ibope para as eleições de outubro de 2006 no Pará, divulgada nesse sábado (12) pelos órgãos de comunicação do grupo Liberal, revelam que o ex-governador Almir Gabriel (PSDB) venceria no primeiro turno a disputa pelo governo estadual.
Almir aparece com 46% das intenções de voto, enquanto a soma dos demais candidatos chega a 42%. A candidata do PT, Ana Júlia Carepa, vem em segundo lugar, com 26%; seguida por Edmilson Rodrigues (Psol), com 8%; José Priante (PMDB), com 6%; e Professora Lena (PSDC), com 2%. Atnágoras Lopes (PSTU) não pontuou.
Na pesquisa espontânea, Almir tem 27%, Ana Júlia 10%, Edmilson Rodrigues 3%, José Priante 2% e Professora Lena, 1%.
Num eventual segundo turno, o tucano venceria com facilidade os demais candidatos. Veja os números: enfrentando Ana Júlia, Almir teria 55% contra 37%; 63% a 25%, contra Edmilson Rodrigues; e, contra Priante, ganharia o segundo turno por 65% a 19%.
O Ibope ouviu também os eleitores na disputa para o Senado. Mário Couto (PSDB) está com 27% das intenções de voto; seguido por Luiz Otávio Campos (PMDB), com 21%; e por Mário Cardoso (PT), com 8%.
Lula na frente
Na eleição presidencial, o Ibope mostra que Lula tem no Pará (principal colégio eleitoral da região Norte, com 4,1 milhões de eleitores) confortável vantagem em relação aos seus adversários.
Se a eleição fosse hoje, ele teria 54% dos votos paraenses. Geraldo Alckmim (PSDB) ficaria em segundo lugar com 21% e Heloísa Helena (Psol) em terceiro, com 12%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 10 de agosto. O Ibope ouviu 812 eleitores, em 41 municípios paraenses.
No Amapá, Capiberibe vence no primeiro turno
Se as eleições fossem hoje, o ex-governador João Alberto Capiberibe (PSB) venceria no primeiro turno a disputa para o governo do Amapá. Segundo pesquisa do Instituto Inpson, encomendada pelo Sistema Z – Publicidade de Rádio e Televisão, considerando apenas os votos válidos (ou seja, excluídos os nulos e em branco), Capiberibe tem 53,6% das preferências. Seu principal adversário, o atual governador, Waldez Góes (PDT), tem 39,6%.
Em relação à pesquisa feita no último mês de maio pelo mesmo instituto, Capiberibe subiu 5,2% e Waldez, 3%. O universo pesquisado, porém, não foi igual. O primeiro levantamento foi realizado em 12 municípios, o segundo abrangeu os três maiores colégios eleitorais: Macapá, Santana e Laranjal do Jari, que representam mais de 80% do eleitorado.
O senador Papaléo Paes (PSDB), mesmo com a adesão do ex-candidato ao governo, deputado Lucas Barreto (PTB), como vice da sua chapa, aparece com 5,7% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, Papaléo tinha 8,3%.
Clécio Luiz (Psol), candidato da coligação Frente de Esquerda, recebeu a indicação de 0,7% dos entrevistados. Os candidatos Errolflyn Paixão (PT) e Nonato Souza (PAN) têm 0,3% das intenções de voto, cada um. Gil Mauro de Souza (PHS) não pontuou. A margem de erro é de 3,16% para mais ou para menos, informa o jornal Folha do Amapá.
18:28 – Heloísa Helena diz que crescimento é "milagre político"
A senadora Heloísa Helena (Psol), em campanha ontem (12) na maior feira livre de Salvador, atribuiu o crescimento nas últimas pesquisas eleitorais a um "milagre político". "Estou enfrentando duas candidaturas poderosas, com muito dinheiro público roubado no passado e no presente", disse, referindo-se aos dois candidatos mais bem colocados na disputa pelo cargo máximo do Planalto, presidente Lula e Geraldo Alckmin (PSDB).
A candidata alcançou 12% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha. Ficando atrás de Lula (47%) e Alckmin (24%). Os três fizeram hoje campanha na Bahia.
De manhã, enquanto cumprimentava algumas das 640 famílias de sem-teto que vivem em uma antiga estação ferroviária, a senadora foi acompanhada por quase 200 militantes. Depois de conversar com os líderes do movimento, a candidata do Psol prometeu, caso seja eleita, liberar R$ 12 bilhões por ano para investimento exclusivo em habitação.
"Não vim aqui para fazer demagogia como muitos candidatos, prometer o que não é possível realizar. Assumo o compromisso com vocês de liberar R$ 12 bilhões por ano, e este montante pode ser retirado do orçamento", afirmou Heloísa Helena.
Logo em seguida, ela foi para a feira de São Joaquim. No local, pediu a barraqueiros e clientes que "convençam outros dois eleitores" a votar nela. "Se cada eleitor meu convencer outros dois eleitores a votarem em mim, chego ao segundo turno, mesmo sabendo que a minha candidatura tem pouca infra-estrutura", disse.
16:18 – Lula: Congresso não faria reforma política de verdade
Em campanha ontem (12) na Bahia, o presidente Lula questionou a serenidade da atual Legislatura do Congresso para fazer a reforma política que o país precisa. "Eu tenho dúvida se o Congresso Nacional fará uma reforma política de verdade. Eu tenho dúvida porque eles estarão legislando em causa própria. Poderão fazer muito arremedo em benefício deles próprios", disse.
Além disso, Lula acusou os parlamentares de estarem zombando dele, aproveitando-se da imunidade que o cargo os confere. "A coisa é tão absurda que um deputado ou senador pode achincalhar o presidente da República. Como vocês sabem que eu fui achincalhado, e eu não posso abrir processo porque eles têm imunidade", enfatizou.
Por fim, o candidato petista à reeleição afirmou que "imunidade é para proteger a classe política do arbítrio. E não para poder proteger a safadeza".
O discurso foi realizado em Salvador com a presença de 42 prefeitos, 12 vice-prefeitos e representantes de 15 partidos, inclusive do PFL, que nacionalmente apoia a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB).
07:51 – Nordeste poderá decidir eleição presidencial
Reportagem da revista Veja investigou porque o presidente Lula continua tão forte no Nordeste depois de quatro anos de governo. No segundo maior colégio eleitoral do Brasil, de acordo com a última pesquisa do instituto Datafolha, Lula aumentou de 63% para 65% na preferência dos nordestinos. Enquanto o candidato tucano, Geraldo Alckmin, manteve-se nos 13%. Ou seja, o petista tem cerca de 22 milhões de votos contra 4 milhões de Alckmin.
A reportagem identificou o segmento do eleitorado nordestino cujo voto, em última instância, poderá definir o resultado da eleição. São 24 milhões de pessoas com nível médio completo e renda familiar mensal de menos de R$ 700. Dentro desse contingente, o grupo mais expressivo é composto de mulheres com até 44 anos (8,5 milhões de eleitoras, que corresponde a 25% do eleitorado nordestino).
Por fim, chegou-se à conclusão de que o expressivo eleitorado nordestino se identifica com a origem humilde de Lula e ainda acredita ser ele um homem do povo.
Essa será a primeira vez, desde a redemocratização em 1985, que o Nordeste assumirá posição tão decisiva no resultado final de uma eleição. Isso porque na região nunca um candidato obteve sobre o segundo colocado uma dianteira tão expressiva como a que Lula tem sobre Alckmin.
06:08 – Lula não irá a debates no primeiro turno
Como antecipou o Congresso em Foco em matéria publicada no último dia 18, o presidente Lula não participará do debate nesta segunda-feira entre os candidatos à Presidência da República, na TV Bandeirantes, nem de nenhum outro durante o primeiro turno.
A decisão, que tem o objetivo de evitar uma espécie de "todos contra um", foi fortalecida depois da entrevista concedida na quinta-feira por Lula ao Jornal Nacional, da Rede Globo.
Segundo o comando da campanha, o presidente estava nervoso e, por isso, tropeçou em números e palavras. De qualquer forma, os erros de dados e na construção de frases foram classificados como "atos falhos", o que, pensa a assessoria do candidato, não comprometeu o desempenho dele.
De acordo com assessores do Planalto, Lula já estava bastante nervoso antes da entrevista, pois era o último, dentre os principais candidatos, a participar da série e os entrevistadores haviam sendo muito duros com os demais presidenciáveis ouvidos anteriormente (Geraldo Alckmin, do PSDB; Heloísa Helena, do Psol; e Cristovam Buarque, do PDT).
Repetindo FHC
A decisão de evitar debates no primeiro turno, agora assumida pelo comando da campanha presidencial petista, levou em conta ainda o desejo do próprio Lula. Como informamos no último dia 18, ele entende que nada há a ganhar participando de programas como o da Bandeirantes.
Leia mais sobre o que publicamos à época:
"Por estar no governo e liderar as pesquisas de intenções de votos, Lula atrairia as críticas, oferecendo a cara à tapa aos seus contendores.
Os petistas vêem o risco de o presidente-candidato "se nivelar" a alguns postulantes com baixo potencial eleitoral, como José Maria Eymael (PSDC) e Cristovam Buarque (PDT), além de servir de munição para os dois concorrentes mais competitivos, Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena (Psol), que, mesmo assim, estão bem abaixo de Lula nas sondagens pré-eleitorais.
Quem tem boa memória lembrará que Fernando Henrique (PSDB) usou argumentos semelhantes para deixar de participar de debates durante sua campanha à reeleição, em 1998. À época, foi muito criticado pelo PT, que considerou o comportamento pouco democrático.
Como aconteceu daquela vez, confirmada a ausência de Lula, a Bandeirantes deverá deixar a cadeira vazia, exatamente como fez oito anos atrás em relação a Fernando Henrique. O debate na Bandeirantes, conforme as regras definidas, terá cinco blocos. Em três deles, os candidatos farão perguntas entre si.
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