Eduardo Campos viajou para Brasília, nesta manhã, para oficializar a proposta à ex-petista. A ideia é formar uma coalizão para se contrapor à bipolaridade entre PT e PSDB, que se arrasta há duas décadas. Em 2010, Marina surpreendeu ao receber quase 20 milhões de votos por uma legenda com pouco espaço no rádio e na TV,o Partido Verde. Foi a terceira colocada. Nas pesquisas mais recentes, ela aparece na segunda colocação, atrás apenas da presidenta Dilma Rousseff (PT).
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A assessoria de Marina diz que a ex-senadora só comentará o assunto em entrevista coletiva, marcada para as 15h30. Também nesta manhã, integrantes do grupo da Rede Solidariedade se reuniram com o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), e o líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR). Um dos principais aliados de Marina, o deputado Walter Feldman (SP), que acaba de deixar o PSDB, participa do encontro.
Prazo final
O PPS quer que Marina seja candidata à Presidência pelo partido em 2014. Desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou registro à Rede Solidariedade, na noite de quinta-feira (3), diversas legendas têm assediado a ex-senadora. Ontem, em entrevista coletiva, ela anunciou que só definiria hoje, último dia de filiação para quem pretende se candidatar nas próximas eleições.
“Ainda estou no processo de decisão. Exatamente por ser sério que ainda tenho uma longa noite. Estou no processo decisório”, disse Marina. Segundo ela, a definição de seu futuro levará em conta a opinião dos integrantes da Rede. Os apoiadores não chegaram a um consenso. Uma parte quer que ela entre em um novo partido e dispute a Presidência da República em 2014. Outra acredita ser mais viável se concentrar na criação da legenda e concorrer apenas em 2018.