O presidente Michel Temer confirmou, em conversa com aliados na noite desta quarta-feira (17), que sabia que o dono da JBS Joesley Batista fazia pagamentos ao deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso e condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por envolvimento no petrolão. O presidente não teria manifestado objeções aos pagamentos – uma nova versão sobre a compra do silêncio do correligionário peemedebista. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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O deputado Carlos Marun (PMDB-RS), aliado de Cunha, esteve na reunião e confirmou que Temer sabia do “auxílio” dado ao peemedebista preso em Curitiba. Marun disse ainda que Temer afirmou nunca ter feito pedidos dessa natureza, mas também não se opôs a eles.
A informação, de acordo com a reportagem da Folha, foi confirmada por outros dois participantes da reunião que afirmam que o presidente entendeu os pagamentos como um “ato de solidariedade” ao deputado cassado.