Lula disse que, apesar de estar com 71 anos de idade, tem energia de um homem de 30 anos. O ex-presidente voltou a afirmar que viajará pelo país este ano. “Quem acha que vai me proibir de andar por este país está enganado. Vou voltar a andar para discutir os temas importantes com a população”, disse o ex-presidente. “Quem sabe nós não vamos votar para presidente ainda em 2017? Até a nossa vitória”, sugeriu, em alusão à possibilidade de cassação da chapa formada por Dilma e Michel Temer em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Sem citar o nome de Temer, o petista afirmou que o atual governo é “golpista”. “O grupo que está aí (no poder) apoiou o impeachment de Dilma sem motivo”, discursou. Segundo ele, a ex-presidente sofreu impeachment por ter aprofundado os investimentos nas áreas sociais. Militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central Geral dos Trabalhadores (CGB) seguravam faixas pedindo a volta de Lula à Presidência em 2018.
Um grupo de cerca de 20 sindicalistas da Conlutas, movimento ligado ao PSTU, deixou o auditório assim que Lula chegou. Eles foram chamados de “golpistas” pelos demais participantes do encontro.
No balanço de sua gestão, o petista lembrou que abriu 18 universidades, 173 cursos de extensão e 420 escolas técnicas. Disse, ainda, que, durante o seu governo, os brasileiros viajaram mais vezes ao exterior.
Lula voltará à Brasília na próxima semana, no dia 20, para participar da reunião do Diretório Nacional do PT, que deverá elegê-lo como presidente da legenda. Além dele, devem ser escolhidos cinco vices-presidentes, um por região, para auxiliá-lo na empreitada rumo às eleições de 2018. O petista é réu em cinco denúncias: três na Lava Jato, uma na Operação Zelotes e uma na Operação Janus.
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