O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), divulgou há pouco nota em que manifesta sua “consternação” diante do acirramento dos conflitos entre israelenses e palestinos no Oriente Médio. Neste instante, Garibaldi elabora uma carta a ser endereçada à presidente do Parlamento israelense, Dália Itzik, na qual fará um “apelo” para sensibilizar as autoridades israelenses quanto à necessidade de paz na região.
“Ainda que o lançamento de mísseis pelo Hamas (grupo terrorista islâmico) contra o território de Israel deva ser considerado como ato inadmissível, a reação militar israelense na Faixa de Gaza tem-se mostrado desproporcional e igualmente inadmissível, na medida em que não tem feito distinção entre civis e militares (…)”, diz trecho da nota, que também registra o “pleno apoio” do presidente do Congresso à atuação do Itamaraty na busca pela paz e nas ações humanitárias. "Inclusive no que se refere à proteção oferecida à comunidade brasileira residente nas áreas de conflito", emenda outro trecho.
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Os ataques são o resultado de um longo histórico de conflitos entre a Palestina, cuja população está fixada há cerca de 40 anos na Faixa de Gaza, e Israel, que não reconhece a criação do Estado Palestino – e vice-versa.
O cerne da animosidade entre os dois povos é a religião: a Palestina tem maioria islâmica, enquanto Israel tem a predominância do judaísmo. Deflagrados há 17 dias, os ataques militares – travados entre tropas israelenses e guerrilheiros do grupo islâmico Hamas – já fizeram centenas de vítimas palestinas e dezenas de mortos israelenses.
A desproporcionalidade de forças entre palestinos e israelenses – que detêm maior poderio bélico – é veementemente condenada pela comunidade internacional. Por outro lado, as ações do Hamas, para além da condição de grupo terrorista, também são rechaçadas pelas autoridades internacionais por colocar em risco a vida de civis palestinos e israelenses. (Fábio Góis)
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