Ao lado do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), em cerimônia de assinatura de obras de serviço do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], o presidente Lula garantiu que a capital Belém seria a última “grande capital” que visitaria para lançamento de obras do programa antes de concluídas as eleições municipais, em outubro.
“A partir de agora, eu vou esperar passar o processo eleitoral para voltar a visitar [capitais contempladas com obras do PAC]”, garantiu Lula, acrescentando que voltaria “aos estados inaugurando escolas técnicas e universidades, estradas, ferrovias, portos e aeroportos”.
O anúncio de Lula contradiz uma outra declaração dada por ele em março deste ano. O presidente disse que ficaria todo o primeiro semestre viajando para inaugurações das obras Brasil afora, passando menos tempo em Brasília.
Queixando-se do enfoque dado pela imprensa às críticas dos populares aos governadores e prefeitos locais, ao invés de ressaltar o reconhecimento do povo em relação à importância dos programas sociais, Lula fez uma analogia aos elementos do folclore amazônico – a festa típica de Parintins (Amazonas), que reúne os tradicionais “bois” Caprichoso e Garantido.
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"Eles são adversários o ano inteiro, mas, no dia da apresentação, quando o vermelho está se apresentando, o azul fica duas horas em silêncio, e vice-versa. Ali é o espaço da sociedade, não o espaço de uns poucos", bradou Lula.
Apenas neste ano, de acordo com a assessoria de imprensa da Presidência da República, Lula foi a 15 capitais para lançar obras do PAC, além de Belém do Pará: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES). Além do lançamento das obras em Belém, Lula participa da posse do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da reunião do Fórum de Governadores da Amazônia Legal. (Fábio Góis)