O cidadão brasileiro precisa exercitar a “prática da coerência” e fiscalizar os seus representantes políticos, em vez de acompanhá-los somente em anos eleitorais. A recomendação é da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), uma das entidades apoiadoras do Prêmio Congresso em Foco. Para o presidente da Anfip, Floriano Martins de Sá Neto, a ideia disseminada de que todos os políticos são igualmente ruins só favorece aqueles que se utilizam da atividade pública em favor de interesses escusos.
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Na avaliação dele, a sociedade têm de reconhecer e valorizar os parlamentares que trabalham em prol dos interesses da coletividade, mesmo que essa seja uma obrigação de qualquer homem público. “O Legislativo é um dos poderes da República, não dá para viver sem o Parlamento”, defende Floriano. Uma oportunidade de fazer esse julgamento antes das urnas está na votação do Prêmio Congresso em Foco, observa o presidente da Anfip. “Essa parceria é importante principalmente neste momento em que estamos vivendo de total desencanto com a política. Simplesmente abrir mão da política não vai resolver os nossos problemas”, destaca.
Interesse popular
Para Floriano, é fundamental que o eleitor crie o hábito de acompanhar a atuação de seus representantes políticos. “Não dá para repetirmos o erro: eleger alguém e depois esquecer”, adverte. “Analise o parlamentar pelo discernimento dele em questões inerentes ao período em que há leis restritivas de direito, por exemplo. Olhe como ele se posiciona ou se posicionou em temas de interesse popular. Para isso servem as redes sociais e a própria voz do Brasil. Olhe a coerência dele. O que falta para o Brasil hoje é a prática da coerência”, ressaltou.
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Um dos objetivos do prêmio, cuja votação na internet está aberta até o dia 30 de setembro, é valorizar os bons exemplos, de modo a incentivar os parlamentares federais a desempenhar o papel que deles se espera, e, ao mesmo tempo, sinalizar ao eleitorado que melhorar a qualidade da nossa representação política é possível. Somente estão aptos para a votação parlamentares que não respondem a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal.
Júri e jornalistas
Além da votação na internet, serão premiados os deputados e senadores mais bem avaliados por jornalistas que cobrem o Congresso e por um júri altamente plural e qualificado.
Profissionais de quase 50 veículos de comunicação participaram da votação da categoria, encerrada na última segunda-feira (11). Ao todo 73 jornalistas que cobrem as atividades da Câmara e do Senado ou se dedicam à cobertura política em Brasília foram consultados. Pela primeira vez, a pesquisa foi feita por meio de ferramenta eletrônica, com o envio de um link por e-mail ou celular àqueles que estavam aptos a votar. O sistema garante o anonimato dos votos.
Participam do júri o advogado e consultor empresarial Guilherme Cunha; a auditora de controle externo e ativista de movimentos sociais Lucieni Pereira da Silva; o analista político Antônio Augusto de Queiroz, que acompanha as atividades do Congresso para o movimento sindical; o professor da Universidade de Brasília Ricardo Caldas, e o jornalista Sylvio Costa, fundador do Congresso em Foco.
De acordo com os resultados da votação pela internet, serão premiados 20 deputados e 10 senadores nas categorias gerais (“Melhores Deputados” e “Melhores Senadores) e cinco parlamentares em cada uma das categorias especiais. A decisão do júri determinará a seleção de mais dez deputados e cinco senadores, nas categorias gerais, e cinco parlamentares em cada uma das categorias especiais.
O Prêmio Congresso em Foco teve o patrocínio e apoio da Ambev, Anabb, Governo de Mato Grosso, Uber, APCF, Anffa Sindical, Sinprofaz, Anfip, Anadef, AMB, Ciclo de Gestão, Febrafite, Abrig, OAB-DF e Sindicato dos Jornalistas
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