PT se camufla nas eleições para reduzir desgaste
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O cenário de redução do número de candidatos se repete em todas as regiões do país e, segundo dirigentes do partido, é consequência da crise pela qual o partido atravessa. A única exceção é o Piauí, estado governado por Wellington Dias (PT), onde a quantidade de candidaturas aumentou: de 49 nas eleições de 2012 para 70 neste ano.
O secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza, acredita que o volume de candidaturas ainda vai aumentar até o encerramento do prazo, que vai até o dia 15 deste mês. Mas ainda assim ficará abaixo dos anos anteriores. A cúpula do partido avalia que entre as razões para a diminuição de candidaturas estão o sentimento antipetista reforçado pelas revelações da Operação Lava Jato, o fim das doações empresariais para campanhas e o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Este último fato impactou principalmente no Rio de Janeiro, onde PT e PMDB eram aliados tanto no governo estadual quanto na prefeitura da capital. Em 2012 foram 34 candidatos, este ano são nove.
Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, o número de candidatos caiu de 259, em 2012, para 116 neste ano. Para Florisvaldo, o processo de impeachment afetou as principais legendas e abriu a possibilidade de formação de novos pólos de disputa. “O ‘golpe’ impactou toda a política brasileira. Não é só o PT que vai ter menos candidatos. O PSDB também vai. Por outro lado, partidos menores como PDT e PSB vão disputar mais cidades. Depois de mais de duas décadas de PT versus PSDB, estão se formando outros polos”, avalia o secretário.
O partido, porém, se camufla entre outras legendas de esquerda, como PDT, PCdoB e Psol, para disputar cargos.
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