A Policia Federal (PF) ouviu hoje (31) o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Desta vez, Marcos Valério prestou depoimento no inquérito que investiga a ocorrência de um esquema de caixa dois nas eleições de 1998 na campanha do PSDB de Minas Gerais.
O empresário foi chamado pela PF para esclarecer pontos do inquérito, mas segundo a PF, não se tratou de um depoimento formal. De acordo com a Folha Online, ele teria se negado a responder os questionamentos da polícia. O empresário permaneceu por duas horas e meia na sede da PF em Brasília e deixou o prédio pela saída da garagem.
Marcos Valério ganhou destaque nacional com o escândalo do mensalão, em 2005, quando foi revelado um esquema de repasse de recursos para parlamentares.
Uma ramificação do esquema foi descoberta em Minas Gerais, na campanha tucana para o governo do estado, em 1998. A PF investiga a acusação de que a campanha do senador Eduardo Azeredo teria recebido R$ 9 milhões das contas de Marcos Valério.
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MPE paulista pede rejeição das contas de Temer
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O Ministério Público Eleitoral (MPE) em São Paulo pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a rejeição das contas de campanha do deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), presidente nacional do PMDB.
O peemedebista informou ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) ter arrecadado R$ 705.577,04. As contas do parlamentar foram aprovadas pelo TRE-SP.
No entanto, o MPE questiona a prestação de contas de Temer. De acordo com a Folha Online, entre os pontos contestados estariam as supostas doações não declaradas, como as recebidas das lojas maçônicas Francisco Montezumi e Colunas Paulistas, nos valores de R$ 800 e R$ 1.350.
MP denuncia Palocci e pede bloqueio de seus bens
O Ministério Público de São Paulo entrou ontem na Justiça com ação civil por improbidade administrativa contra o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e pediu liminarmente o seqüestro dos bens do deputado eleito.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a acusação lista 12 supostas irregularidades na gestão do petista à frente da prefeitura de Ribeirão Preto, em 2002.
Na ação, os promotores dizem que a prefeitura chegou “a situação de extrema dificuldade financeira” por causa “dos desmandos praticados” e que a marca da administração de Palocci foi “a incúria, a irresponsabilidade administrativa e o absoluto descaso com o dinheiro público”.
O Ministério Público Estadual alega que o ex-ministro deixou a prefeitura com R$ 10 milhões em caixa enquanto as dívidas de curto prazo somavam R$ 40 milhões. Os promotores ainda acusam a prefeitura de Ribeirão de ter direcionado licitação para compra de 22 veículos.
“A ação não trata do esquema de fraude em contratos de lixo e do mensalinho denunciado pelo ex-assessor Rogério Buratti. O caso, que levou à queda de Palocci no governo, deve ser remetido para o Supremo Tribunal Federal (STF), pois Palocci elegeu-se deputado federal e tem direito a foro privilegiado. O ex-ministro não foi encontrado para comentar o assunto”, diz o Estadão.