Afastado temporariamente do mandato e da Presidência da Câmara, por decisão liminar do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse há pouco que não há hipótese de ele renunciar. A informação foi transmitida pela assessoria de Cunha. Esta é a primeira manifestação do peemedebista desde o anúncio da decisão do ministro.
Cunha disse que dará entrevista coletiva nesta quinta-feira (5) após a sessão do STF que analisa a liminar concedida por Teori. Como antecipou o Congresso em Foco, o deputado pretende recorrer ao plenário do Supremo para contestar seu afastamento em caráter liminar. A tese da defesa é de que o Judiciário não tem competência para suspender o mandato de um parlamentar, muito menos em decisão liminar. O deputado está reunido com sua assessoria jurídica e aliados mais próximos desde a manhã desta quinta.
Ao afastar Cunha, Teori avalizou os 11 argumentos apresentados pela Procuradoria-Geral da República para justificar o pedido de suspensão do peemedebista. Basicamente: constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de “embaraçar e retardar investigações”.
Eduardo Cunha é réu no Supremo, acusado de receber propina do esquema de corrupção na Petrobras. O peemedebista também é alvo de outra denúncia na Operação Lava Jato. Cunha é investigado em três inquéritos e ainda há outros três pedidos de investigação aguardando autorização para serem abertos.
Íntegra da decisão de afastamento de Cunha
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