Ao ser questionado sobre a reação da presidente Dilma ao episódio, o ministro respondeu: “Da mesma forma que eu, que o Jaques (Wagner). O sentimento é assim: é uma tragédia que isso aconteça com uma pessoa que tinha um relacionamento bom na situação e na oposição”. “Ele é uma pessoa que gosta de costurar acordos, não é um líder só de enfrentar, mas também de dialogar”, disse em entrevista à repórter Catarina Alencastro.
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Berzoini também manifestou preocupação com o atraso na votação da nova meta fiscal do governo, que acabou adiada desta semana para a próxima devido à prisão do petista. Para não contrariar o Tribunal de Contas da União (TCU), o Executivo deve bloquear R$ 10,7 bilhões na próxima segunda-feira (30) em despesas discricionárias.
“Nós não queremos, por exemplo, que faltem recursos para fiscalização ambiental, Polícia Federal e para os órgãos que exercem atividades de Estado e precisam continuar funcionando. Não são despesas obrigatórias, são despesas discricionárias, mas essenciais. Um contingenciamento com válvula de escape.”
O ministro ressaltou que os atos de Delcídio não têm nenhum vínculo com o governo nem com o PT. “Foi um problema que não foi provocado nem atingiu o Poder Executivo. Os fatos divulgados não são da atividade dele de líder do governo. Ele vai responder por isso, certamente vai prestar esclarecimentos, e o Poder Judiciário e o Ministério Público vão tomar as medidas que acharem corretas”, declarou.
Segundo Berzoini, o nome do novo líder do governo no Senado será discutido em reunião com lideranças da base aliada na próxima segunda-feira. O ministro disse que não há preferência por alguém do PT. O importante, afirmou, é que o sucessor de Delcídio tenha bom trânsito em todos os partidos, aliados ou oposicionistas, a exemplo do senador sul-mato-grossense.