O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) prestou depoimento à Polícia Federal na manhã de hoje (23) em Brasília. Mercadante escolheu o local e a hora em que foi ouvido pelo delegado Diógenes Curado, por ser parlamentar e ter direito a foro privilegiado. Curado preside o inquérito que investiga o escândalo da tentativa de compra de um dossiê contra políticos do PSDB.
O delegado já voltou para Cuiabá e o conteúdo do depoimento do petista não foi divulgado. O senador foi ouvido como colaborador no inquérito, e não como testemunha ou envolvido no caso. Um ex-assessor de Mercadante, Hamilton Lacerda, foi citado pela PF no relatório parcial sobre escândalo do dossiê.
Em entrevista à imprensa em seu gabinete, Mercadante disse que um dia antes do depoimento de Luiz Antonio Vedoin ao Conselho de Ética do Senado (4 de setembro), ele recebeu em seu gabinete Oswaldo Bargas (ex-secretário do Ministério do Trabalho), Expedito Veloso (ex-diretor de Gestão e Risco do Banco do Brasil) e a senadora Ideli Salvatti (PT-SC). Segundo o senador, os dois acusados de envolvimento na tentativa de compra do dossiê pediram para que a bancada do partido pressionasse Vedoin para falar sobre as ligações do empresário Abel Pereira com os operadores da máfia das ambulâncias no Congresso.
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"Hamilton Lacerda [ex-assessor de Mercadante na campanha ao governo de São Paulo] nunca tratou deste assunto comigo". A reunião de Mercadante com os "aloprados" e a senadora já tinha sido relatada pelo senador em carta enviada ao jornal Folha de S. Paulo, no dia 23 de outubro. (Lúcio Lambranho e Rodolfo Torres)
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