A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira os donos da Vicatur, a casa de câmbio de onde teriam saído parte dos dólares que seriam usados por petistas para comprar o dossiê contra candidatos do PSDB. Eles podem ser condenados a até seis anos de prisão por terem vendido dólares a laranjas. Os agentes devem indiciar também as pessoas que deram documentos para maquiar a venda do dinheiro.
Sirlei da Silva Chaves e Fernando Manuel Ribas, sócios da Vicatur, vão responder por crimes de falsificação de documentos, que prevê pena de 2 a 6 anos de prisão, e contra o sistema financeiro, por atribuir a terceiros falsa identificação para opressão de crime.
Os dois sócios confessaram, em depoimento ontem à PF, que pagaram R$ 3.000 para Levy Luiz da Silva, “chefe” da família dos laranjas usados na transação. A PF informou que eles foram indiciados por este crime e não por participação no episódio do dossiê. A polícia investiga se eles têm ligação com a compra do documento, mas ainda não concluiu sobre isso.
Ontem, a PF apreendeu na sede da Vicatur, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, originais de comprovantes de compra e venda de dólares e o cadastro dos clientes.
Leia também