A Polícia Federal já identificou um grupo de pessoas que teriam sido utilizadas como "laranjas" na aquisição dos dólares que serviriam para a compra de um dossiê que envolveria políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias
De acordo com uma fonte ligada à investigação, a PF tenta agora agendar o depoimento dos "laranjas" no inquérito que apura o caso. Os depoimentos poderão ocorrer ainda nesta semana. Segundo a mesma fonte, o grupo é composto por pessoas de uma mesma família humilde do subúrbio do Rio de Janeiro. "Temos de ouvir esses ‘laranjas’ para saber a verdadeira origem do dinheiro que seria usado na negociação", explicou o informante.
Os documentos dos membros dessa família podem ter sido utilizados sem a autorização deles para a compra dos 248,8 mil dólares. O dinheiro foi apreendido no dia 15 de setembro e estava em poder de Valdebran Padilha e Gedimar Passos em um hotel de São Paulo.
Origem
A maior parte dos dólares foi adquirida, de acordo com a fonte, na Vicatur Câmbio e Turismo Ltda, uma agência de turismo instalada em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. O fato de parte dos recursos ter sido adquirida nessa casa de câmbio não significa que ela esteja envolvida em irregularidades, ressalta a fonte.