A Polícia Federal de Mato Grosso acredita que o empresário Valdebran Padilha, preso com o advogado Gedimar Passos em um hotel de São Paulo com R$ 1,7 milhão, seria o responsável pela contratação do piloto que teria transportado parte do dinheiro até São Paulo. O dinheiro seria utilizado na compra de um dossiê que envolveria políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias.
O piloto Tito Lívio Ferreira da Silva Junior deve ser ouvido pela PF na próxima semana. O nome do piloto aparece na quebra do sigilo telefônico dos envolvidos na tentaiva de compra do dossiê. A Polícia também deve ouvir nos próximos dias uma mulher identificada apenas como Ana Paula. O nome dela apareceu no cruzamento das mais de 800 ligações entre os envolvidos no caso. Conforme informações da PF, Hamilton Lacerda, ex-assessor da campanha de Aloizio Mercante (PT) ao governo de São Paulo, pode ter usado um telefone em nome de Ana Paula.
A PF também recebeu informações da casa de Câmbio Centaurus, em Santa Catarina, sobre os saques em dólares realizados pela empresa. A PF do estado iniciará processo semelhante ao realizado com a casa de câmbio Vicatur, de Nova Iguaçu (RJ), para que seja possível rastrear a participação de "laranjas" no esquema.
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Na tarde de hoje (3), os advogados da Vicatur entregaram documentos referente às movimentações financeiras da empresa e buscaram cópias dos depoimentos prestados por Sirley da Silva Chaves e Fernando Manoel Ribas, sócios na empresa. Os empresários foram indiciados após confessarem o pagamento de R$ 3 mil a "laranjas" para uma operação de venda de US$ 44,3 mil.