O vice-presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Júlio César Mesquita, afirmou hoje (9), por meio de nota divulgada, que "preocupa-se profundamente" com o fato das investigações da Polícia Federal sobre o suposto dossiê que seria comprado por petistas, e que envolveria políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias, ter resultado na quebra do sigilo telefônico da Folha de S. Paulo.
"A ANJ lamenta que a quebra do sigilo telefônico exponha os contatos telefônicos feitos pelos profissionais da Folha. Nunca é demais lembrar que o sigilo da fonte é parte essencial do livre exercício do jornalismo, conforme determina a Constituição", diz a nota.
Confira a íntegra da nota divulgada pela ANJ
"A Associação Nacional de Jornais preocupa-se profundamente pelo fato de as investigações da Polícia Federal sobre o caso do "dossiê eleitoral" terem tido como conseqüência a quebra do sigilo telefônico da Folha de S.Paulo.
A ANJ lamenta que a quebra do sigilo telefônico exponha os contatos telefônicos feitos pelos profissionais da Folha. Nunca é demais lembrar que o sigilo da fonte é parte essencial do livre exercício do jornalismo, conforme determina a Constituição.
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As autoridades judiciárias e policiais deveriam atentar para as conseqüências da autorização e execução do recurso da quebra de sigilo telefônico. Isso se aplica a qualquer investigação e tendo em vista todo e qualquer cidadão. O episódio envolvendo a Folha de S.Paulo mostra que, no mínimo, deveriam se buscar critérios mais adequados para esse procedimento.
A ANJ se solidariza com a Folha e seus profissionais e espera que episódios como esse não se repitam. As investigações policiais, necessárias para averiguar crimes, não podem levantar suspeitas sobre suas motivações nem colocar em risco o direito à privacidade dos cidadãos".
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