Para ter uma ideia da disparidade, o Amapá é o estado com o menor lucro bruto da venda de gasolina: R$ 0,26. Menos da metade da margem média de comercialização no DF. Os dados foram obtidos a partir do levantamento feito entre os dias 01 e 22 de janeiro pela Agência Nacional do Petróleo.
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O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF) alega que a diferença na margem de lucro bruto está relacionada a fatores que compõem o preço final do produto. No caso da gasolina, entre outros tributos há o ICMS – imposto estadual que varia de acordo com a unidade da federação, e que no DF chega a 28%. “A diferença do ICMS entre os estados é um dos fatores que ditam o valor do preço final dos combustíveis, mas não podemos deixar de citar outros, como transporte, quantidade de bases distribuidoras, oferta e procura, acordos trabalhistas e renda per capita”, informou a assessoria do Sindicato.
Os consumidores da capital também têm menos opções na hora de procurar gasolina mais barata. Apesar de estar sujeitos à mesma carga tributária, cada empreendimento possui uma estrutura de custos diferenciada – que vai de acordo com o número de funcionários, por exemplo, ou com o valor do aluguel do local. Apesar dessas variáveis, o Distrito Federal apresenta a menor diferença entre os preços da gasolina, apenas R$ 0,22.
Veja a tabela com a margem média de comercialização de gasolina em cada estado:
ESTADO | MARGEM MÉDIA |
Distrito Federal | 0,671 |
Acre | 0,576 |
Ceara | 0,566 |
Mato Grosso | 0,562 |
Rondônia | 0,552 |
Para | 0,541 |
Alagoas | 0,516 |
Bahia | 0,501 |
Tocantins | 0,497 |
Rio Grande do Sul | 0,496 |
Rio de Janeiro | 0,485 |
Roraima | 0,469 |
Sergipe | 0,466 |
Rio Grande do Norte | 0,456 |
Paraíba | 0,454 |
Pernambuco | 0,444 |
São Paulo | 0,440 |
Piauí | 0,425 |
Espírito Santo | 0,420 |
Minas Gerais | 0,418 |
Mato Grosso do Sul | 0,408 |
Goiás | 0,398 |
Maranhão | 0,389 |
Santa Catarina | 0,370 |
Parana | 0,364 |
Amazonas | 0,322 |
Amapá | 0,269 |
Em relação ao preço médio da gasolina, o Distrito Federal fica em terceiro lugar, atrás do Acre (R$ 4,09) e do Pará (R$ 3,92). No outro extremo, os estados com a gasolina mais barata são Santa Catarina (R$ 3,49), São Paulo (R$ 3,51) e Amapá (R$ 3,55).
PublicidadeVeja a tabela com a relação de preços médios:
ESTADO | Nº DE POSTOS PESQUISADOS | PREÇO MÉDIO |
Acre | 93 | 4,092 |
Para | 351 | 3,924 |
Distrito Federal | 102 | 3,902 |
Rio Grande do Sul | 1134 | 3,890 |
Rondônia | 198 | 3,876 |
Ceara | 613 | 3,873 |
Rio de Janeiro | 1242 | 3,866 |
Roraima | 27 | 3,858 |
Alagoas | 187 | 3,805 |
Mato Grosso | 414 | 3,773 |
Tocantins | 121 | 3,766 |
Bahia | 1006 | 3,752 |
Rio Grande do Norte | 179 | 3,743 |
Pernambuco | 604 | 3,715 |
Sergipe | 117 | 3,714 |
Minas Gerais | 1820 | 3,698 |
Paraíba | 178 | 3,681 |
Espirito Santo | 352 | 3,680 |
Goias | 630 | 3,678 |
Piaui | 189 | 3,672 |
Amazonas | 196 | 3,618 |
Parana | 1072 | 3,607 |
Maranhão | 374 | 3,579 |
Mato Grosso do Sul | 244 | 3,573 |
Amapá | 38 | 3,550 |
São Paulo | 4864 | 3,514 |
Santa Catarina | 734 | 3,497 |
Nas capitais, com exceção de Porto Alegre, o cenário não muda muito. O preço médio da gasolina é maior em Rio Branco (R$ 4,05), Porto Alegre (R$ 3,96) e Brasília (R$ 3,90). Já as menores médias estão Campo Grande (R$ 3,43), São Luis (R$ 3,46) e São Paulo (R$ 3,47).
Veja a tabela:
CAPITAL |
Nº DE POSTOS PESQUISADOS |
PREÇO MÉDIO |
Rio Branco |
63 |
4,051 |
Porto Alegre |
84 |
3,960 |
Brasilia |
102 |
3,902 |
Fortaleza |
215 |
3,874 |
Boa Vista |
27 |
3,858 |
Rio de Janeiro |
167 |
3,848 |
Porto Velho |
60 |
3,847 |
Maceió |
50 |
3,814 |
Belém |
42 |
3,775 |
Cuiabá |
156 |
3,771 |
Natal |
59 |
3,756 |
Aracaju |
45 |
3,723 |
Palmas |
21 |
3,721 |
Salvador |
189 |
3,709 |
Recife |
69 |
3,673 |
João Pessoa |
51 |
3,653 |
Teresina |
87 |
3,633 |
Goiânia |
120 |
3,605 |
Vitória |
42 |
3,587 |
Manaus |
93 |
3,569 |
Belo Horizonte |
90 |
3,552 |
Macapá |
26 |
3,536 |
Florianópolis |
78 |
3,505 |
Curitiba |
114 |
3,503 |
São Paulo |
387 |
3,478 |
São Luís |
105 |
3,464 |
Campo Grande |
93 |
3,438 |
Na última sexta-feira (22), muitos brasilienses fizeram um protesto e deixaram de abastecer seus veículos nos postos da cidade. A medida foi uma reação ao valor da gasolina cobrado e uma forma de protestar em relação à recente revelação de cartel envolvendo esse serviço na capital do país. Nesta segunda-feira (25) o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou uma intervenção na maior rede de postos de combustíveis do DF. Nas próximas duas semanas o Cade nomeará um administrador provisório para gerir os postos da rede Cascol, com bandeira da BR Distribuidora, que concentra dois terços dos estabelecimentos vinculado ao grupo.
O Sindicombustíveis-DF afirmou em nota que o órgão “está cumprindo seu papel em uma ação pontual que necessita da sua atuação”.
CAPITAL |
Nº DE POSTOS PESQUISADOS |
PREÇO MÉDIO |
Rio Branco |
63 |
4,051 |
Porto Alegre |
84 |
3,960 |
Brasilia |
102 |
3,902 |
Fortaleza |
215 |
3,874 |
Boa Vista |
27 |
3,858 |
Rio de Janeiro |
167 |
3,848 |
Porto Velho |
60 |
3,847 |
Maceio |
50 |
3,814 |
Belem |
42 |
3,775 |
Cuiaba |
156 |
3,771 |
Natal |
59 |
3,756 |
Aracaju |
45 |
3,723 |
Palmas |
21 |
3,721 |
Salvador |
189 |
3,709 |
Recife |
69 |
3,673 |
Joao Pessoa |
51 |
3,653 |
Teresina |
87 |
3,633 |
Goiania |
120 |
3,605 |
Vitoria |
42 |
3,587 |
Manaus |
93 |
3,569 |
Belo Horizonte |
90 |
3,552 |
Macapa |
26 |
3,536 |
Florianopolis |
78 |
3,505 |
Curitiba |
114 |
3,503 |
Sao Paulo |
387 |
3,478 |
Sao Luis |
105 |
3,464 |
Campo Grande |
93 |
3,438 |