Ele chegou ao Brasil pouco antes das 7h, vindo da Itália, para onde fugiu em 2013 antes do fim do julgamento que o condenou a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
De acordo com o subsecretário do Sistema Penitenciário do DF, João Carlos Lóssio, Henrique Pizzolato chegou demonstrando cansaço à Papuda e não receberá nenhum tipo de privilégios, nem regalias. “Chegou tranquilo, recebeu as orientações. É uma pessoa educada, conversou com a gente. Não dormiu quase nada durante o voo. Todo procedimento vai seguir as regras do presídio”, informou à Agência Brasil.
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No Complexo Penitenciário da Papuda, Pizzolato ficará recluso em uma cela do Bloco 5 do Centro de Detenção Provisória. Ele cumprirá a pena em uma cela com cerca de 20 metros quadrados junto com outros dois encarcerados: José Carlos Alves dos Santos, ex-funcionário do Senado que matou a esposa, e Elton Antônio dos Santos, idoso, condenado por estupro e violência doméstica. A família de um deles já forneceu o único aparelho de TV permitido para o espaço.
Assim como os demais presos, o condenado vai receber as vacinas contra tétano e hepatite e terá a rotina dos demais detentos, podendo sair para o banho de sol por duas horas diárias. A realização de atividades laborais poderá ser feita, conforme as “aptidões e capacidade” de Pizzolato, informou a subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe).
A partir da semana que vem, o ex-diretor do Banco do Brasil terá direito a receber visitas nas sextas-feiras, podendo cadastrar nove familiares e um amigo, além do seu advogado. A cada visita, porém, ele pode receber somente quatro pessoas, das 9h às 15h. A alimentação será oferecida quatro vezes ao dia, havendo a possibilidade de receber R$ 125 por semana dos familiares para comprar itens que não estão na cantina, como cigarro, refrigerante e pizza.
Pizzolato chegou à Papuda pouco antes das 10h30 e antes disso, já em Brasília, permaneceu por 30 minutos no Instituto Médico-Legal, onde fui submetido a exame de corpo de delito.
O desembarque em São Paulo, em um voo comercial vindo de Milão, põe fim à história de fuga de um dos condenados no processo da Ação Penal 470, que envolveu também vários recursos judiciais e tentativas do governo brasileiro de trazê-lo de volta ao Brasil.