A bancada sindicalista manterá seu tamanho na nova legislatura, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Apesar da renovação de 30% de seus membros, a bancada dos sindicalistas continuará com 60 parlamentares, assim como ocorreu nas eleições de 2002. Serão 55 deputados e cinco senadores.
Os professores serão representados por 16 deputados e dois senadores, sendo a categoria profissional com o maior número de sindicalistas eleitos. Os metalúrgicos terão sete representantes e os bancários, seis.
O levantamento também mostrou que a maior parte da bancada sindicalista é da base do governo. Só do PT são 45 parlamentares. O PCdoB, segundo partido com o maior número de sindicalistas eleitos, terá seis deputados e um senador.
Leia outras notícias publicadas hoje (10)
Dossiê: STF remete processo à PGR
O Supremo Tribunal Federal (STF) já remeteu à Procuradoria-geral da República (PGR) o processo a respeito da tentativa de compra de um dossiê, que envolveria políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias, por parte de integrantes de campanhas eleitorais petistas.
Leia também
A avaliação do processo pela Procuradoria-geral é a etapa imediatamente anterior ao julgamento do caso pelos ministros do Supremo.
No entanto, os ministros do STF só devem se pronunciar sobre o caso em fevereiro, após o fim do recesso, iniciado no final do ano passado. Hoje, o STF só atende a casos que precisem de decisões liminares.
Dossiê: tucano entrega relatório contra Berzoini à PGR
Um dos sub-relatores da CPI dos Sanguessugas, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) entregou ontem ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sete relatórios com cruzamentos de telefonemas dos investigados por envolvimento no escândalo do dossiê Vedoin que não foram indiciados pela Polícia Federal.
De acordo com a reportagem de Sônia Filgueiras, no jornal O Estado de S. Paulo, o principal alvo do tucano é o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), que foi apenas citado pelo delegado da PF Diógenes Curado Filho no relatório final do caso. Segundo o tucano, há “inúmeros os elementos que evidenciam que o deputado Berzoini teve ciência das tratativas referentes à compra do dossiê a cada passo”.
Sampaio também envolve, em sua denúncia, o ex-segurança do presidente Lula, Freud Godoy, dono da empresa Caso Sistemas de Segurança. De acordo com o tucano, a análise de chamadas de envolvidos para Berzoini e das atribuídas ao petista para a Caso evidenciariam “a provável participação do deputado até mesmo na aquisição de recursos” para a compra do dossiê. Tanto o ex-assessor de Lula quanto o presidente do PT negam qualquer envolvimento com o episódio.
“O relatório entregue por Sampaio aponta que pelo menos 3 dos 14 dias citados como cruciais no processo de negociação do dossiê os cruzamentos mostram o seguinte padrão de ligações: Expedito Veloso liga para Jorge Lorenzetti, que telefona para Oswaldo Bargas, que liga para Berzoini. O presidente do PT, por sua vez, telefonaria para a empresa Caso, de Freud Godoy. Sampaio esclareceu que essas chamadas não ocorrem em seqüência – são intercaladas por outras. Em outros 3 dias, há chamadas de telefones atribuídos a Berzoini para a Caso. Em pelo menos outras seis situações, Berzoini troca chamadas com Bargas”, diz a reportagem do Estadão.
Delfim é cogitado para presidência do BNDES
O presidente Lula pode colocar o deputado federal Delfim Netto (PMDB-SP) na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O cargo é alvo de cobiça do PMDB e o presidente já teria manifestado preferência por Delfim, que não conseguiu se reeleger em outubro passado.
Segundo o repórter João Domingos, do Estado de S. Paulo, com a nomeação Lula atenderia ao PMDB com um cargo mais importante do que vários ministério e passaria a ter o economista a seu lado como uma espécie de conselheiro especial. “Também seria uma forma de resolver a disputa dentro do partido por espaço no BNDES. A instituição está sob a vigilância de vários segmentos de peemedebistas”, afirma o jornalista.
A reportagem revela que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), deve indicar ao presidente Lula o nome do economista José Carlos de Assis para a diretoria da área social. “O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), luta para emplacar um indicado na área de projetos industriais. O deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) tenta abocanhar a área de infra-estrutura”, diz o jornal.
Além de Delfim,o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB-SP) indicou os nomes de Luiz Gonzaga Belluzzo e Luciano Coutinho, outros dois economistas que hoje estão mais ligados ao ex-governador, para presidência do BNDES.
O BNDES é o maior banco de fomento do País. No ano passado teve autorização para gastar R$ 55 bilhões em financiamento a exportações, indústria, agropecuária, compra de frotas novas de ônibus e caminhões, infra-estrutura em portos, rodovias, aeroportos e ferrovias, construção de plataformas de petróleo e para a indústria naval.
Deixe um comentário