A dívida pública mobiliária do Brasil atingiu a marca histórica de R$ 1,01 trilhão. Só em fevereiro, o montante cresceu R$ 25,27 bilhões. Os títulos da dívida, emitidos pelo Tesouro Nacional, aumentaram 2,6% no mês passado, em relação a janeiro.
O valor da dívida foi anunciado hoje pelo coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Paulo Valle. Ele classificou como normal o resultado, visto que o Plano Anual de Financiamento (PAF) estima endividamento de até R$ 1,2 trilhão para 2006. Valle disse que o crescimento da dívida é resultado da emissão de títulos que superou os resgates em R$ 14,82 bilhões; e dos gastos, que somaram R$ 10,45 bilhões.
A dívida pública brasileira é corrigida em sua maior parte pela taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) – a taxa básica de juros da economia brasileira. Cerca de 47,20% da dívida pública está atrelada à Selic. Quase 28% dos títulos têm com correção prefixada – que têm sua correção definida previamente e não são corrigidas por nenhum índice. Outros 20,46% são corrigidos por índices de preços e apenas 2,39% são remunerados pelo câmbio do dólar.
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