Servidor da Saúde desde 2010, o novo secretário atua como médico no Hospital de Apoio de Brasília e no Hospital de Base do Distrito Federal. É consultor legislativo do Senado desde 2002. “Humberto é prata da casa”, disse o governador, em referência à formação de Fonseca, primeiro gestor da história da Secretaria da Saúde graduado pela Escola Superior de Ciências da Saúde.
O novo secretário mal sentou na cadeira e já teve que dar explicações sobre a acusação de ter contas na Suíça e de trabalhar em duas unidades da rede pública do DF e no Senado simultaneamente. As denúncias foram feitas pelo jornal O Globo em 2015. De acordo com a publicação, Fonseca estaria na lista dos 8.667 brasileiros correntistas do HSBC na Suíça, mantendo contas conjuntas com seu pai em Genebra entre 2006 e 2007.
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Fonseca nega as acusações e alega que a reportagem “veio da empolgação de uma jornalista”. Ele afirma que foram publicadas várias informações incorretas sobre sua vida e sua carreira. Não tenho e nunca tive contas no HSBC, nem no Brasil, nem na Suíça e nem em nenhum outro lugar do mundo”, enfatizou.
Dificuldades
O novo mandatário reconheceu que o setor da saúde no DF passa por problemas e que a secretaria é um órgão de grande complexidade. “Nosso objetivo é melhorar a saúde e garantir a qualidade de vida da população, mesmo com limitações.” Ele reforçou que pretende tocar um modelo de gestão participativa, coletiva e em contato direto com os pacientes e com as necessidades deles.
O governador afirmou que o novo gestor ficará responsável pela reestruturação da área de saúde, com foco na atenção primária. Também está na pauta de reivindicações do chefe do Executivo o projeto que vai permitir ao GDF contratar profissionais para a saúde por meio de organizações sociais. Rollemberg já começou a negociar com os deputados distritais a aprovação da pauta na Câmara Legislativa.
Perfil
Humberto Lucena Pereira da Fonseca nasceu em Santos (SP). Médico formado pela Escola Superior de Ciências da Saúde em 2010, tem 39 anos e está em Brasília desde 2000. Especialista em Medicina de Família e Medicina Comunitária, é clínico, além de bacharel em Direito e mestre em Direito Comercial.
Atuou como procurador no Banco Central de 2000 a 2002. Entrou como consultor legislativo do Senado Federal em 2002 e, de 2011 a 2012, trabalhou na Secretaria de Assistência Médica e Social da Casa. Em 2014 e 2015, assumiu o cargo de diretor-geral adjunto de Contratações do Senado. Na Secretaria de Saúde, passou pelo Hospital Regional de Sobradinho, de Apoio de Brasília e de Base — atualmente, é médico paliativista dessas duas últimas unidades.