A nova Mesa é a esperança de retomada dos trabalhos na Casa. Desde a deflagração da Operação Drácon, em agosto, apagar incêndios virou a especialidade dos deputados. Pautas relevantes, como a discussão sobre a implantação de Organizações Sociais para gerir hospitais da cidade, seguem engavetadas.
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Articulação
Com três deputados, a bancada do PT se diz unida e disposta a garantir uma cadeira na composição da nova Mesa. Ricardo Vale, Chico Vigilante e Wasny De Roure têm conversado com os dois principais candidatos até o momento, Agaciel Maia (PR) e Joe Valle (PDT). Internamente, o trio já decidiu que o nome do partido na direção será Ricardo Vale.
Até o momento, o governo ainda não indicou um candidato. O mais próximo de receber as bençãos de Rollemberg, porém, é Agaciel Maia. O deputado está em seu terceiro mandato, foi diretor do Senado e já chegou a presidir diversas comissões na Casa. Atualmente, Agaciel conta com quatro apoiadores e tem a simpatia dos parlamentares que estão há mais tempo na Casa.
No caso de Joe Valle, que foi secretário do Trabalho na gestão Rollemberg, a candidatura ainda precisa passar pelo crivo do bloco parlamentar a que ele faz parte, composto por Professor Israel (PV), Professor Reginaldo Veras (PDT) e Cláudio Abrantes (Rede). Israel, que gnahou notoriedade como autor do projeto de regulamentação do Uber, também tem interesse na cadeira presidencial, ainda que tenha menos força que Joe.
A terceira e menos provável via atende pelo nome de Sandra Faraj (SD). Conservadora, a deputada tem o apoio dos atuais membros da Mesa e pode ser considerada adversária do governo. Envolvidos na Operação Drácon, Celina Leão (PPS), Raimundo Ribeiro (PPS), Bispo Renato (PR) e Cristiano Araújo (PSD), têm o discurso mais alinhado com Sandra Faraj. Sabe-se, portanto, que fortalecer a deputada na disputa significa também ganhar espaço no governo – o que agradaria a todos. Para muitos, Faraj não passa de um “balão de ensaio”.