Disputa para a Casa Branca traz à tona a mentira na política na era das mídias sociais
Em matéria com chamada na capa, a influente revista britânica The Economist aborda a questão da “pós-verdade”, um estilo de atuação na esfera pública que se distingue pelo uso frequente de afirmações aparentemente verdadeiras, mas sem qualquer respaldo na realidade. O principal expoente é o candidato republicano Donald Trump, que põe a verdade de lado e habita um mundo de fantasia. A revista afirma que “os políticos sempre mentiram” e questiona se faz alguma diferença “se resolverem deixar a verdade totalmente de lado?” Com críticas fortes a Trump, a Economist alerta que o descaramento do bilionário não é penalizado e antes é encarado como um sinal de alguém que não abaixa a cabeça para as elites no poder.
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Os leitores que acreditam que a política deve se basear em fatos devem se preocupar, avisa a revista. As democracias mais sólidas possuem mecanismos de defesa para se proteger da pós-verdade, mas países autoritários são vulneráveis.
A evolução da mídia oferece terreno fértil para que a pós-verdade floresça, lembra a The Economist: “A fragmentação das fontes noticiosas criou um mundo atomizado, em que mentiras, rumores e fofocas se espalham com velocidade alarmante. Mentiras compartilhadas online, em redes cujos membros confiam mais uns nos outros do que em qualquer órgão tradicional de imprensa, rapidamente ganham aparência de verdade”.
Há poucos dias, a polêmica em torno da doença da candidata democrata Hillary Clinton acirrou ainda mais os ânimos e as discussões sobre dizer a verdade na política. Trump explorou cada ataque de tosse e os “sumiços” da adversária, tentando faturar mais votos. Esmiuçada com lupa pela imprensa americana, cada declaração em torno da doença foi exaustivamente debatida ao vivo em milhares de canais de mídia, digitais e convencionais. Alguns analistas avaliam que o episódio serviu para evidenciar a falta de credibilidade de Hillary, que agravou um caso em que a pneumonia parece ser de menos.
The Economist faz um chamamento em nome da democracia: “Políticos ‘pró-verdade’ às armas”. Lembra que as democracias têm instituições que podem ajudar e que sistemas judiciários independentes dispõem de mecanismos para estabelecer a verdade.
[+] veja a matéria do The economist aqui
[+] Por que poucas pessoas acreditam em Hillary
Tabloide americano é criticado nas redes por capa sobre divórcio de Brad Pitt e Angelina Jolie
Se a tentativa do tabloide americano New York Post era viralizar e tirar uma casquinha midiática em torno da separação do casal de atores Brad Pitt e Angeline Jolie, foi bem sucedida. Mas o jornal foi reprovado no julgamento moral dos internautas, que não gostaram da iniciativa. O comentário que recebeu mais likes no Facebook foi em tom de reprovação: “Por favor, não se alegrem com o sofrimento pessoal”, referindo-se à foto da atriz Jennifer Aniston, ex-mulher de Pitt sorrindo na capa do jornal.
As reações nas redes sociais são instantâneas e criam ondas favoráveis ou de rejeição aos fatos ou à maneira como são divulgados na mídia. Por isso os veículos de comunicação buscam aproveitar os potenciais das ferramentas digitais para aferir os sentimentos, juízos e comportamento dos usuários.
Juiz Sérgio Moro é eleito a 10ª pessoa mais influente do mundo
Com mais de dois anos de Operação Lava-Jato, a notoriedade do juiz federal Sérgio Moro já ultrapassou as fronteiras nacionais, com frequentes convites para palestras em outros países. Agora, foi eleito em décimo lugar no ranking divulgado pela agência de notícias econômicas Bloomberg, passando a figurar na lista de pessoas mais influentes no mercado financeiro mundial.
Moro tem a companhia de nomes como o presidente russo, Vladimir Putin (30º) e o criador do Facebook, Mark Zuckerberg (39º). Além dele, há outro brasileiro, o bilionário Jorge Paulo Lemann. O primeiro lugar da lista é da primeira-ministra britânica, Thereza May.
Segundo nota divulgada pela agência, Moro e sua equipe (os procuradores da Força-Tarefa) “ajudaram a empurrar o Brasil para a pior recessão em um século”, mas o texto ressalva que os investidores já parecem acreditar na recuperação do país.
Na bagagem para Nova York, Temer leva junto problemas de comunicação
Ainda é cedo para avaliar o saldo político da viagem do presidente Michel Temer a Nova York, mas os problemas de comunicação pesaram na bagagem. O primeiro ocorreu durante encontro de Temer com chefes de Estado para tratar da questão dos refugiados. “O Brasil nos últimos anos recebeu mais de 95 mil refugiados, de 79 diferentes nacionalidades”, afirmou. O número gerou controvérsias aqui, porque no site do Ministério da Justiça constava a informação de que são 8,8 mil. A explicação posterior foi de que os 85 mil haitianos, que vieram fugidos do terremoto, têm visto humanitário. O desencontro de informações gerou polêmicas e críticas de que os números tinham sido “inflados”.
A uma plateia de investidores num almoço em Nova York o presidente afirmou que o Brasil vive uma estabilidade política “extraordinária”, após um período de “brevíssima” instabilidade com o processo do impeachment de Dilma Rousseff. Os empresários foram apresentados ao pacote de concessões e privatizações e ouviram que a relação do Executivo com o Legislativo garante a segurança jurídica.
“Lá no Brasil, o que for acordado, será cumprido”, assegurou Temer.
Mas os curtos-circuitos de comunicação continuaram e somaram-se aos ecos de “Fora Temer” na chegada da comitiva presidencial. Enquanto Michel Temer tentava convencer investidores das oportunidades para investimentos no Brasil, um de seus mais próximos colaboradores, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou ser pessoalmente a favor da anistia para quem praticou caixa dois. Em entrevista à imprensa concedida em Nova York, Temer se disse surpreso com a opinião “personalíssima” de seu ministro. “Isso foi surpreendente para mim, quando eu chegar lá no Brasil vou examinar esta questão”, afirmou. “Pessoalmente, não vejo razão para prosseguir ou prosperar nesta matéria.” Perguntado se sabia sobre os supostos esquemas de corrupção no PT, Temer respondeu: “Um dia, eu mesmo me coloquei como vice-presidente decorativo. Eu não tinha participação, não acompanhava nada disso”.
Veja mais aqui:
[+] Número de Refugiados no Brasil
[+] Brasil tem estabilidade política extraordinária
[+] Ministro Geddel e a anistia ao caixa dois
Garoto americano de 6 anos escreve carta a Obama e oferece acolher menino sírio. Gesto emociona presidente e viraliza na internet
A foto de Omran Dagneesh, o menino sírio retratado com rosto ensanguentado em um hospital de Aleppo havia, há poucos dias, provocado indignação e consternação em todo o mundo. O fato comoveu o menino Alex, de Nova York, que resolveu agir: “Caro presidente Obama, lembra-se do menino que foi socorrido por uma ambulância na Síria?”, escreveu.
“Você poderia buscá-lo e trazê-lo para a nossa casa… estaremos esperando por vocês com bandeiras, flores e balões. Daremos ao menino uma família e ele será nosso irmão”.
Obama escreveu no Facebook que Alex é uma criança que “não aprendeu a ser cínica, desconfiada ou temerosa” e citou as palavras do garoto em reunião sobre refugiados na ONU. O post no Facebook de Obama, acompanhado do vídeo em que o menino lê a carta, havia sido compartilhado mais de 125 mil vezes até quinta-feira, 22.
Filho de Trump compara refugiados sírios aos doces Skittles com sabor de frutas
Na mesma América do Norte que emociona usuários com o gesto do menino Alex, o filho do candidato republicano Donald Trump provocou alvoroço nas mídias sociais ao comparar refugiados sírios aos doces Skittles, tentando sugerir que os EUA não devem aceitar quaisquer imigrantes. “Se eu tivesse uma tigela de boliche e lhe dissesse que apenas três iria matá-lo, você levaria um punhado? Esse é o nosso problema dos refugiados da Síria.”
O post foi chamado de “repugnante” pela equipe de Hillary Clinton e algumas pessoas irritadas postaram imagens de crianças refugiadas com a frase: “Não são Skittles”.
A questão dos refugiados é central na disputa à Casa Branca e tem provocado muitas discussões apaixonadas e acirradas nas midias sociais.
Pesquisas revelam que celular já é o principal meio de acesso à internet no Brasil
Pesquisa revela que o celular é o principal meio de acesso à internet. Pesquisa da TIC Domicílios 2015 revelou que 89% dos usuários conectados o fazem por meio de um smartphone. Esta é a primeira vez que o dispositivo móvel supera os computadores como prioritário para conexão.
O estudo baseia-se em entrevistas com pessoas que moram em mais de 23 mil domicílios pelo país e revelou que 58% dos brasileiros têm acesso à internet.
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