Em depoimento à CPI dos Correios, Jorge Luiz Batista de Oliveira, ex-diretor de investimentos do fundo de pensão Serpros, minimizou as perdas de mais de R$ 2 milhões, verificadas por investigações da comissão. Ele também negou qualquer direcionamento ou facilitação nas aplicações em certificados de depósitos bancários (CDBs), no valor de R$ 18,8 milhões, feitas em 2004 no banco BMG para viabilizar saques no esquema do valerioduto.
A Sub-relatoria de Fundos de Pensão averiguou que, durante uma operação que durou três dias, em julho de 2004, o Serpros – fundo de pensão dos funcionários do Serviço Federal de Processamento de Dados – perdeu R$ 2,7 milhões em investimentos. A operação envolveu as corretoras Quantia, Bônus Banval e Planner, todas investigadas pela CPI por envolvimento no mensalão.
Jorge Luiz, no entanto, afirmou ter tido um desempenho "inquestionável" à frente do fundo, lembrando que elevou o patrimônio do Serpos de R$ 900 milhões para R$ 1,5 bilhão. Ele comandou as aplicações do fundo de novembro de 2003 a junho de 2005.
Para o sub-relator de Fundos de Pensão, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), soa estranho que o fundo de pensão tenha, após um ano sem investir no banco BMG, aplicado milhões em 2004, justamente na época dos empréstimos concedidos ao empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e dos repasses a parlamentares da base aliada. “Não houve seqüência, não há uma lógica de normalidade”, considerou ACM Neto.
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