Lauro José Senra de Gouvêa, dirigente da corretora Quantia, prestou parte de seu depoimento à CPI dos Correios hoje, em reunião secreta. Gouvêa está protegido por um habeas corpus que impede a divulgação dos dados sigilosos em poder da comissão.
A corretora aparece como protagonista nas perdas de fundos de pensão, como o Serpros, dos funcionários do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e o Núcleos (das empresas de energia). Gouvêa, no entanto, negou a realização de qualquer operação anormal.”Mercado financeiro é um mercado capitalista, feito para ganhar dinheiro. Se a outra ponta é incompetente, eu não posso fazer nada”, retrucou.
O operador de mercado afirmou não saber que sua corretora negociava com os fundos exclusivos dos fundos de pensão até o final do dia. Também negou conhecer qualquer dirigente dessas instituições. “Não operei com fundos de pensão, mas sempre com bancos ou distribuidoras, não sabia que eram fundos exclusivos. Só sabia no fim do dia”, afirmou.
Ao ser questionado se as constantes negociações com outras corretoras como Nominal, Positiva, Euro, Laeta e Bônus Banval, todas investigadas pela CPI, seriam "coincidências", Lauro foi enfático. “Não é coincidência, é normalidade. Elas são atuantes e estão operando normalmente”.
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