A reunião do Diretório Nacional do PT, encerrada hoje (21) em Brasília, finalizou um documento em que o partido defende bandeiras para a reforma política: a fidelidade partidária, o financiamento público de campanhas eleitorais, o fim das coligações proporcionais e o voto em lista. Este último item ainda não é consensual. Por isso, os membros do Diretório Nacional deixaram as formas de voto em lista para ser discutida depois, segundo a assessoria do partido.
O documento – que deve ser finalizado na próxima terça-feira ou quarta-feira – cita, ainda que de forma superficial, o fim da reeleição. “[O texto] vai reafirmar a posição histórica do partido de ser contra a reeleição”, afirmou a assessoria do PT.
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Também ficou acertado que a divisão de cargos deve considerar o conjunto do partido. O deputado Geraldo Magela (DF) afirmou ao portal G1 que as correntes têm de ser consideradas. “O Campo Majoritário está super representado”, disse o petista, que pertence à tendência Movimento PT. O Campo Majoritário é a maior corrente e, entre seus quadros, está o presidente Lula.
R$ 50 milhões em dívida
Na reunião, o secretário de Finanças do partido, Paulo Ferreira, apresentou um balanço das finanças da legenda: quase R$ 50 milhões em dívidas. Alguns débitos são da campanha presidencial de 2002, inclusive com os bancos BMG e Rural, que se envolveram no escândalo do mensalão juntamente com o empresário Marcos Valério.
Para saldar a dívida, o partido trocou de sede e vai cobrar a contribuição dos filiados. Cerca de 4 mil petistas estão inadimplentes com o “dízimo”, que varia de 2% a 10%. O valor desses débitos chega a R$ 30 milhões. Só 2 mil estariam em dia com o partido. Na manhã de hoje, o PT anunciou ter decidido mudar a data e o local do Congresso do partido, para poupar recursos (leia). (Eduardo Militão)
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