Além de expulsar os dois senadores que desobedeceram a orientação política da legenda, o PDT decidiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal para tentar anular a promulgação da emenda. “A emenda rasga a Constituição cidadã e vai descumprir as regras para o financiamento da saúde e da educação”, defendeu o presidente do partido, Carlos Lupi.
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Telmário já estava em rota de colisão com o PDT desde a votação do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. Seguindo a orientação do partido, o senador sempre foi contra o afastamento da presidente, mas no final votou pela cassação do mandato da petista.
Telmário mudou de posição de última hora para se vingar do PT, que lançou candidato à prefeitura de Boa Vista para concorrer com Jeferson Alves, nome defendido pelo parlamentar. Telmário mudou o voto porque a defesa que fazia de Dilma Rousseff derrubou a sua popularidade em Roraima e, consequentemente, inviabilizou seu candidato à prefeitura da capital. Jeferson ficou em quinto lugar na corrida eleitoral.
O senador Laisier também descumpriu determinação da direção do PDT e votou a favor do impeachment. Em seguida, o parlamentar passou a defender a mudança do regime fiscal proposto pelo presidente Michel Temer e terminou votando a favor da emenda que limita gastos primários do governo.
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