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Com meia hora de atraso, às 15h33, o deputado José Dirceu (PT-SP), ex-ministro da Casa Civil, começou a falar diante de um lotado plenário no Conselho de Ética. Logo no início dos seus trinta minutos de explicações iniciais, Dirceu disse que “tomou a decisão de não renunciar”. “Vou lutar em defesa da minha honra e do meu mandato”, afirmou. O ex-ministro ressaltou que as denúncias de corrupção que envolveriam seu nome são prejulgamentos. “Não posso aceitar ser prejulgado”, afirmou, em referência a escândalos de corrupção no INSS, a nomeação de cargos de confianças supostamente chancelados por ele, entre outras acusações. Ele também frisou que não tem qualquer relação com a suposta corrupção ocorrida nos Correios ou em Furnas Centrais Elétricas. Leia também Em sua explanação, Dirceu cobrou que as CPIs dos Correios e do Mensalão provem a participação dele no pagamento de propina a parlamentares – o mensalão – e em esquema de caixa dois de campanhas eleitorais. “Não vão banir novamente meus direitos políticos”, disse Dirceu. A maior parte do tempo, Dirceu exaltou seus feitos políticos e do governo Lula durante os 30 meses em que esteve à frente da Casa Civil. Após 12 minutos de depoimento, culpou indiretamente a ex-direção do PT e, em especial, o ex-tesoureiro Delúbio Soares por eventuais “erros que o PT adotou”. “Não assumo os atos da executiva do PT, porque não era membro da executiva”, destacou o deputado. Dirceu depõe como testemunha no processo de quebra de decoro parlamentar do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) – que o acusou de ser o mentor do mensalão e está sentado à frente dele. No momento, o deputado responde a cada uma das 33 perguntas elaboradas pelo relator do Conselho de Ética, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA). Leia o que Dirceu já disse: Roberto Jefferson Empréstimos Mensalão Valério
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