O ex-diretor de Furnas Dimas Toledo disse há pouco, em depoimento à CPI dos Correios, que não conhecia o lobista Nilton Monteiro antes de ter ouvido falar dele na imprensa. Dimas negou ainda ser o autor da “lista de Furnas”, relação com 156 nomes de parlamentares, a maioria do PSDB e PFL, que teriam recebido dinheiro de um caixa dois de R$ 40 milhões montado na estatal.
“Quero negar veementemente qualquer participação na sua elaboração (da lista). Trata-se de uma montagem ou uma falsificação cheia de não conformidade que visam unicamente manchar o nome das pessoas e empresas ali citadas", afirmou o ex-dirigente, que ainda depõe na CPI.
Cópia da lista foi entregue por Monteiro à Polícia Federal, que investiga a autenticidade do documento. A relação é feita em papel com o timbre de Furnas Centrais Elétricas e com a assinatura de Dimas. A PF ainda não conseguiu descobrir se o documento é legítimo.
O ex-diretor negou ainda ter feito ou intermediado qualquer pagamento a políticos. Disse que ia com freqüência a um restaurante no Rio de Janeiro, mas só para reunir-se com amigos. “Nunca fui conversar com políticos”, declarou. “Afirmo que nunca ajudei com recursos de qualquer empresa ou de qualquer origem a nenhum parlamentar”, continuou o ex-diretor.
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Dimas negou ainda conhecer o ex-tesoureiro da campanha do PSDB mineiro ao governo do estado em 1998, Cláudio Mourão, que confirmou o uso de um caixa dois alimentado pelo “valerioduto” durante a disputa. A revelação desse caso também foi feita por Monteiro.
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