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Foram mais de 16 horas de sessão em plenário para que o relatório de Anastasia, uma vez aprovado, abrisse caminho para o último ato no Senado, depois de um período de oito meses de disputas – enredo iniciado com a decisão pró-impeachment por parte do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciada em 2 de dezembro e vista como vingança por aliados da presidente afastada.
Coube a Sérgio Petecão (PSD-AC) proferir o último discurso da jornada inciada às 9h44, quando uma rodada de questões de ordem teve e início e consumiu toda a manhã desta terça-feira (9). Por coincidência, também pertence ao PSD o primeiro senador a discursar na tarde de ontem – José Medeiros (MT), estreante no Legislativo federal. Ambos votaram contra Dilma.
Conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a votação de hoje é encarada como um termômetro para o julgamento final. Nesta etapa, exige-se ao menos 41 votos para que o texto seja aprovado – ou seja, o grupo contrário ao retorno da presidente ao cargo conseguiu quase 20 votos a mais. A margem dá mais segurança ao presidente interino Michel Temer, cada vez mais próximo da confirmação no cargo como efetivo, para a votação definitiva.
No dia 12 de maio, o afastamento da presidente foi aprovado por 55 votos, no que foi a primeira sinalização de que a petista não teria vida fácil no Senado. Todos os senadores contra Dilma mantiveram o posicionamento, e ainda contaram com a adesão de outros quatro parlamentares. Por outro lado, a presidente afastada perdeu um voto entre os 22 da primeira votação – João Alberto Souza (PMDB-MA), aliado do ex-presidente da República José Sarney e presidente do Conselho de Ética do Senado. A exemplo do que fez naquela ocasião, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou.
Fla x FluNo encaminhamento final para a votação, defesa e acusação falaram por 30 minutos, cada, para o conjunto do plenário. E, de novo, ganhou protagonismo em plenário o duelo verbal entre a tese de “golpe”, defendida pelos partidários de Dilma, e a do cumprimento à Constituição, à luz da legislação sobre crime de responsabilidade, argumentação dos parlamentares pró-impeachment.
“Ela não merece mais governar o Brasil, porque a forma com que ela governou levou o Brasil ao desastre em que ele se encontra. E de que forma ela governou? Ela governou através da obscuridade, através da mentira”, fustigou o jurista Miguel Reale Jr., que se encarregou da explanação acusatória. Para o especialista, senadores devem levar em conta para a definição seus votos o “conjunto da obra”, isso é, a reunião de supostos malfeitos de Dilma.
“Quem afasta o presidente da República pelo conjunto da obra é o povo, na eleição!”, rebateu o ex-ministro da Advocacia-Geral da União José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma desde a fase inicial de tramitação do processo na Câmara. “Há desrespeito constitucional pelos eleitores de Dilma Rousseff”, acrescentou.
Depois da discussão entre defesa e acusação, senadores ainda tiveram que deliberar sobre três destaques para votação em separado, com quatro oradores (dois contra e dois a favor) inscritos para discutir cada um deles. Os destaques se referiam às chamadas pedaladas fiscais (Plano Safra) e assinatura de dois decretos de crédito orçamentário alegadamente sem autorização do Congresso (um de R$ 29 bilhões, assinado em 27 de julho de 2015; e outro de R$ 600 milhões, com a data de R$ 20 de agosto do mesmo ano). Senadores contra o impeachment queriam retirar do relatório a configuração de crime de responsabilidade atribuída a Dilma nesses três pontos. Mas, com ampla maioria em plenário, a base aliada de Temer suplantou a minoria favorável à petista e rejeitou todos os destaques.
Rito
A partir da aprovação do parecer, acusação e defesa serão intimadas para que apresentem, em até 48 horas, o libelo acusatório – termo jurídico utilizado para a consolidação das acusações e provas produzidas durante as investigações – e, também, a contra-argumentação. Nesse momento, tanto acusação quanto defesa terão que apresentar os nomes das seis testemunhas a serem convocadas para cada lado.
Os autores da denúncia contra Dilma – os juristas Miguel Reale Jr., Hélio Bicudo e Janaína Paschoal – já informaram que pretendem entregar o libelo acusatório no prazo de 24 horas, com o objetivo de adiantar a finalização do processo. Já a defesa de Dilma garante que usará todo o tempo definido na legislação pertinente para apresentar a contra-argumentação.
A sessão de julgamento ainda não foi marcada oficialmente, e só será agendada após o recebimento dos documentos da acusação e da defesa. Além disso, as partes precisam ser notificadas com dez dias de antecedência.
TemoresNos bastidores, o Palácio do Planalto tem pressa e trabalha para que o julgamento aconteça ainda no mês de agosto, para que Michel Temer deixe a condição de interino e possa comparecer à reunião do G-20 já como presidente efetivo. O encontro será realizado na China, nos dias 4 e 5 de setembro.
Mas o que preocupa Temer de fato, segundo adversários (principalmente petistas), é a sequência de notícias sobre delações premiadas da Operação Lava Jato envolvendo Temer e alguns de seus ministros – entre eles o presidenciável tucano José Serra, ora titular do Ministério das Relações Exteriores, acusado de ter recebido R$ 23 milhões via caixa dois.
Já o presidente interino recebeu, de acordo uma das delações, R$ 10 milhões em dinheiro vivo. Tanto Serra quanto Temer, assim como os demais ministros, têm recorrentemente negado as acusações – um deles, Romero Jucá (PMDB-RR), também foi alvejado por denúncias e, em consequência, perdeu o posto de ministro do Planejamento.
Além disso, governistas temem que o processo de cassação de Cunha seja aprovado na Câmara antes da votação final sobre Dilma, embora haja articulação no sentido contrário. Na avaliação de parlamentares ligados a Temer, o peemedebista pode, uma vez fora do mandato e sem a prerrogativa de foro privilegiado, rebelar-se por ter de ser julgado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância e conhecido pelo rigor na punição a investigados por corrupção. Assusta o Palácio do Planalto, de acordo com fontes próximas ao presidente interino, a possibilidade de que uma delação premiada de Cunha atinja diversos parlamentares de vários partidos, principalmente o PMDB, além do próprio Temer.
Último passo
A sessão que definirá o futuro político de Dilma será novamente conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski. Para condenar a presidente é preciso o voto de pelo menos 54 dos 81 senadores. Neste caso, Dilma deixa definitivamente o cargo, perde os direitos políticos por oito anos e Michel Temer é efetivado na Presidência da República. Caso contrário, a presidente é absolvida e reassume imediatamente o mandato.
Veja o voto de cada senador sobre o relatório de Anastasia:
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Acir Gurgacz (PDT-RO) – SIM
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Aécio Neves (PSDB-MG) – SIM
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Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) – SIM
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Alvaro Dias (PV-PR) – SIM
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Ana Amélia (PP-RS) – SIM
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Angela Portela (PT-RR) – NÃO
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Antonio Anastasia (PSDB-MG) – SIM
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Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) – SIM
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Armando Monteiro (PTB-PE) – NÃO
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Ataídes Oliveira (PSDB-TO) – SIM
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Benedito de Lira (PP-AL) – SIM
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Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) – SIM
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Cidinho Santos (PR-MT) – SIM
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Ciro Nogueira (PP-PI) – SIM
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Cristovam Buarque (PPS-DF) – SIM
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Dalirio Beber (PSDB-SC) – SIM
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Dário Berger (PMDB-SC) – SIM
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Davi Alcolumbre (DEM-AP) – SIM
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Edison Lobão (PMDB-MA) – SIM
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Eduardo Amorim (PSC-SE) – SIM
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Eduardo Braga (PMDB-AM) – SIM
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Eduardo Lopes (PRB-RJ) – SIM
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Elmano Férrer (PTB-PI) – NÃO
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Eunício Oliveira (PMDB-CE) – SIM
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Fátima Bezerra (PT-RN) – NÃO
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Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) – SIM
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Fernando Collor (PTC-AL)- SIM
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Flexa Ribeiro (PSDB-PA) – SIM
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Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) – SIM
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Gladson Cameli (PP-AC) – SIM
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Gleisi Hoffmann (PT-PR) – NÃO
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Hélio José (PMDB-DF) – SIM
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Humberto Costa (PT-PE) – NÃO
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Ivo Cassol (PP-RO) – SIM
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Jader Barbalho (PMDB-PA) – SIM
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João Alberto Souza (PMDB-MA) – SIM
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João Capiberibe (PSB-AP) – NÃO
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Jorge Viana (PT-AC) – NÃO
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José Agripino (DEM-RN) – SIM
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José Aníbal (PSDB-SP) – SIM
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José Maranhão (PMDB-PB) – SIM
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José Medeiros (PSD-MT) – SIM
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José Pimentel (PT-CE) – NÃO
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Kátia Abreu (PMDB-TO) – NÃO
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Lasier Martins (PDT-RS) – SIM
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Lídice da Mata (PSB-BA) – NÃO
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Lindbergh Farias (PT-RJ) – NÃO
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Lúcia Vânia (PSB-GO) – SIM
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Magno Malta (PR-ES) – SIM
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Marta Suplicy (PMDB-SP) – SIM
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Omar Aziz (PSD-AM) – SIM
- Otto Alencar (PSD-BA) – NÃO
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Paulo Bauer (PSDB-SC) – SIM
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Paulo Paim (PT-RS) – NÃO
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Paulo Rocha (PT-PA) – NÃO
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Pedro Chaves (PSC-MS) – SIM
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Raimundo Lira (PMDB-PB) – SIM
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Randolfe Rodrigues (Rede-AP) – NÃO
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Regina Sousa (PT-PI) – NÃO
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Reguffe (sem partido/DF) – SIM
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Renan Calheiros (PMDB-AL) – pres./nâo vota
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Ricardo Ferraço (PSDB-ES) – SIM
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Ricardo Franco (DEM-SE) – SIM
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Roberto Muniz (PP-BA) – NÃO
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Roberto Requião (PMDB-PR) – NÃO
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Roberto Rocha (PSB-MA) – SIM
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Romário (PSB-RJ) – SIM
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Romero Jucá (PMDB-RR) – SIM
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Ronaldo Caiado (DEM-GO) – SIM
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Rose de Freitas (PMDB-ES) – SIM
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Sérgio Petecão (PSD-AC) – SIM
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Simone Tebet (PMDB-MS) – SIM
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Tasso Jereissati (PSDB-CE) – SIM
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Telmário Mota (PDT-RR) – NÃO
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Valdir Raupp (PMDB-RO) – SIM
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Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – NÃO
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Vicentinho Alves (PR-TO) – SIM
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Waldemir Moka (PMDB-MS) – SIM
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Wellington Fagundes (PR-MT) – SIM
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Wilder Morais (PP-GO) – SIM
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Zeze Perrella (PTB-MG) – SIM