Eduardo Militão
Em reunião com as centrais sindicais nesta sexta-feira (11), a presidenta Dilma Rousseff não garantiu apoio à proposta dos trabalhadores de reajustar em 6,46% a tabela do imposto de renda, o que reduziria a carga tributária das pessoas físicas. O governo ainda defende uma correção de 4,5%, abaixo da inflação no período.
Dilma não falou em números, segundo relatos dos sindicalistas. O deputado Paulinho da Força Sindical (PDT-SP) disse que o grupo pediu à presidenta ou uma correção diferente de 4,5% ou um reajuste pelos próximos quatro anos. Dilma teria optado pela segunda opção.
?Ela praticamente garantiu que a reivindicação seria dos quatro anos?, relatou o presidente da Força. ?Ela se comprometeu a estudar com muito carinho a questão da correção da tabela?, disse o presidente em exercício da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Lopez Feijóo.
Assista à entrevista com os presidentes das centrais
Os sindicalistas comemoram o fato de abrirem uma mesa permanente de negociação com o governo. Nela, vão debater temas na agenda sindical, como o fim ou a mudanças no fator previdenciário, os aumentos para aposentados que ganham mais de um salário mínimo e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. As centrais acreditam que terão uma reunião por mês para discutir os assuntos.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse que Dilma vai analisar o impacto do aumento de 6% nos remédios. Ela vai verificar se isso atingiu medicamentos usados por aposentados. ?Nós pedimos a ela para suspender esse aumento?, disse Patah.
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