Durante discurso na 5ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizado nesta sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou aquilo que chamou de “vazamento seletivo” das informações da Operação Lava Jato e disse que a presidente Dilma Rousseff “tem que ir para a rua conversar com o povo”.
As declarações foram dadas na Escola Nacional Florestan Fernandes do MST em Guararema (SP). “O vazamento [das informações da Operação Lava Jato] tem interesse. É para pegar alguém ou acusar um partido. Ou seja, a pessoa só pode ser chamada de ladrão quando provar que é ladrão, não pode criminalizar a pessoa antes de ser julgada”, disse o ex-presidente.
O ex-presidente declarou também que o desgaste do PT é fruto das sucessivas notícias negativas da economia brasileira e da vinculação do partido com o escândalo de corrupção na Petrobras. “O mau humor hoje não é gratuito. Tem gente que ganha quando cai as ações da petrobras. Eles compram para vender na alta. Acho que tem gente que dá notícia negativa todo dia, para criminalizar o PT e as esquerdas”, assinalou. “Não há espaço para sermos negativos neste país, é só olhar o que nós éramos e o que somos hoje. Estamos vivendo tempos difíceis, mas vamos consertar. E é isso que a presidenta Dilma está fazendo neste momento”, defendeu.
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“Eu penso que ela [Dilma] tem que priorizar andar por esse país. Ela tem que botar o pé na estrada. Ao invés de ficar na televisão ou na internet ouvindo os que falam mal dela, ela tem que ir para a rua conversar com o povo, que está torcendo e querendo que ela governe esse país da melhor maneira possível”, complementou o ex-presidente.
Sobre a redução da maioridade penal recém-aprovada na Câmara, o ex-presidente observou que se trata de uma injustiça. “O que explica que o Congresso queira jogar na costa de meninos de 16 anos a responsabilidade pelo que os governos não fazem?”. Lula disse também que a “meninada precisa de oportunidade e não de cadeia”.
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