Ao receber a Taça da Copa do Mundo do presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, a presidenta Dilma Rousseff convidou os visitantes e seleções que participarão do Mundial a se engajarem na luta contra todos os tipos de preconceito, e desejou que o Brasil seja campeão pela sexta vez. O presidente da Fifa utilizou a expressão que vem sendo repetida por Dilma, de que esta será a Copa das Copas, e se disse animado com a competição.
Para a presidenta, os estádios estão prontos e muitos foram testados em campeonatos estaduais ou no Campeonato Brasileiro, os aeroportos estão preparados para a demanda adicional e a segurança do país será capaz de proporcionar a todos os torcedores a “tranquilidade para aproveitarem os jogos, festas e passeios para conhecer nossas belezas”. “O deslocamento dos torcedores e turistas pelas cidades-sede será tranquilo e seguro”, garantiu a presidenta.
Dizendo que o Brasil é democrático e que respeita a liberdade de manifestação e de expressão, Dilma afirmou que ele é um país “capaz de preservar os direitos daquela maioria que quer assistir os jogos, que quer se confraternizar e comemorar”. “Estamos preparados para oferecer ao mundo um maravilhoso espetáculo, acrescido da alegria, do respeito e da gentileza característicos do povo brasileiro”, disse, desejando boas vindas aos estrangeiros.
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Antes, Joseph Blatter concordou que esta será uma oportunidade para o país se promover em todo o planeta. “De fato, durante mais de um mês, todos os olhos do mundo, por meio da televisão, vão se voltar para o Brasil”, disse o presidente da Fifa. Ao citar o governo brasileiro, as cidades-sede e o Comitê Organizador Local como parceiros, Blatter considerou que fará o “máximo para que esta seja a melhor Copa do Mundo da história”.
De acordo com ele, esta 20ª Copa do Mundo vai reforçar a luta contra a discriminação de qualquer tipo, principalmente o racismo. “Aproveito a oportunidade para repetir minha esperança de que durante este tempo pelo menos as atividades beligerantes no mundo cessem, e que o futebol seja uma forma de unir pessoas”, afirmou, lembrando que o Papa Francisco redigirá uma mensagem com estes princípios, a ser lida na cerimônia de abertura, no próximo dia 12, em São Paulo.
Após a cerimônia, o capitão da seleção pentacampeã Cafu disse que apesar dos problemas do país, este é o momento de se pensar no Mundial. “Eu acho que nesse momento temos que pensar exclusivamente em trazer um pouquinho mais de alegria e conforto para o povo brasileiro. É óbvio que isso não vai resolver os problemas do nosso país, desse Brasil grande e maravilhoso. Estamos a 15 dias de uma copa, temos de pensar exclusivamente em fazer uma grande copa”, defendeu Cafu, que se disse confiante no time convocado por Felipão, e pediu o apoio e incentivo dos brasileiros.
PublicidadeMarcada para o salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília, a apresentação oficial da Taça atraiu a atenção dos funcionários da Presidência, que trouxeram dezenas de crianças vestidas com a camiseta da Seleção Brasileira. Antes de levantar a Taça, ao lado do lateral direito titular da seleção campeã em 2002, em gesto semelhante ao consagrado pelos vencedores de campeonatos, Dilma esperou que os pequenos tirassem fotos de seus smartphones e tablets, e até atendeu ao pedido de uma criança para que ela fotografasse, de cima, o objeto de desejo das 32 seleções que começam a disputar a competição mundial daqui a dez dias.
Antes da apresentação oficial, no Palácio do Planalto, o troféu percorreu as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal. Foi a primeira vez que a taça passou por todas as capitais do país-sede do Mundial. O tour brasileiro da Taça Fifa começou no dia 22 de abril e foi encerrado no dia 1º de junho, em São Paulo. Desde o ano passado a taça está em um tour mundial e passou por 89 países, percorrendo mais de 150 mil quilômetros.
Lançada em 1974, a Taça Fifa mede 36,8 centímetros de altura, pesa 6,175 quilos e é feita de ouro maciço 18 quilates. A base contém duas camadas de malaquita semipreciosa e, na parte de baixo, estão gravados o nome de cada país campeão e o ano de cada título desde 1974.
Pelas regras da organização máxima do futebol, apenas chefes de Estado e campeões mundiais podem segurar o troféu. A taça nunca pertencerá definitivamente a nenhum país, porque os regulamentos determinam que ela permanecerá em posse da Fifa. Cada campeão recebe uma réplica que serve de lembrança permanente da conquista. As réplicas banhadas a ouro são chamadas de troféus dos vencedores da Copa do Mundo da Fifa.
A Copa do Mundo começa no dia 12 com o jogo de abertura entre Brasil e Croácia, na Arena Corinthians, o Itaquerão. O Mundial terá 64 jogos. A final ocorrerá no dia 13 de julho, no Rio de Janeiro.