Leia também
Os trechos anteriormente vetados serão publicados, de acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, em edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (15). Com a mudança na lei, Rio de Janeiro e Espírito Santo, estados mais prejudicados com a nova redação, podem entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) contestando partes da lei.
Da mesma forma os estados não produtores começam a pressionar o Exeucutivo para receber mais lucros da exploração de petróleo. A partir de dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o Congresso em Foco calculou que pelo menos R$ 8,6 bilhões devem entrar no caixa dos estados e municípios. Apesar de todas as perdas, o Rio continuará a ser o maior beneficiário de royalties, segundo os dados da CNM consolidados pelo site.
Pela lei, a União tem sua fatia nos royalties reduzida de 30% para 20%. Os estados produtores terão redução de 26,25% para 20%. Os municípios confrontantes (que fazem divisa com os produtores) sofrerão a seguinte redução: de 26,25% passam para 17% e chegam a 4% em 2020. Os municípios afetados pela exploração de petróleo também sofrerão cortes: de 8,75% para 2%. Em contrapartida, o percentual a ser recebido pelos estados e municípios não produtores saltará de 8,75% para 40%.
Medida provisória
Com a promulgação dos trechos anteriormente vetados, o debate entre estados produtores e não produtores se transfere para a Medida Provisória 592/12, que destina 100% dos royalties das futuras concessões de petróleo para investimentos na área de educação. Para o relator do texto, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), é preciso fazer uma avaliação do que é possível manter no texto.
Para o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), as prioridades do governo continuam a mesma: 100% dos royalties em concessões fora do pré-sal e 50% dos rendimentos do Fundo Social para a educação e a manutenção do modelo antigo para contratos já assinados entre a União e o estados. “Vamos conversar para que as posições do governo sejam mantidas”, disse o petista ao Congresso em Foco na última terça-feira (12).
Com informações da Agência Brasil
Veja também:
Estados na espera da publicação da derrubada dos vetos
Câmara sugere mudança na tramitação dos vetos
Erro na publicação adia votação dos vetos
Congresso define regras para votar veto aos royalties
Governo promete liberar PAC para votar orçamento
Planalto quer decisão do STF sobre vetos
Dilma diz respeitar eventual derrubada de veto aos royalties
Curta o Congresso em Foco no facebook
Siga o Congresso em Foco no twitter
Deixe um comentário