Renata Camargo
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (21) que enviará ao Congresso o projeto de lei que cria o novo marco regulatório da mineração. Dilma participou hoje da solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência em Ouro Preto, Minas Gerais. Segundo a presidente, essa legislação é um ?compromisso? dela com o setor da mineração.
?Externo aqui meu compromisso com o envio do marco regulatório do setor de mineração. Não é justo e não contribui para o desenvolvimento do Brasil que os recursos minerais do país sejam daqui tirados e não haja a devida compensação. Essa compensação é condição para que nossas reservas naturais tenham um sentido, que não se concentrem na mão de poucos?, disse Dilma, segundo a Agência Brasil.
Os estados produtores reclamam que os valores cobrados das empresas pela exploração de minério estão muito abaixo dos exigidos pela exploração de petróleo. A criação de ?royalties? para o minério, como ocorre com o petróleo, é um dos principais pleitos do governo mineiro.
Em Ouro Preto, Dilma participou da cerimônia de comemoração do dia 21 de abril, Dia de Tiradentes. Ao falar sobre o ideal dos inconfidentes de lutar pela liberdade, a presidenta lembrou a própria trajetória de vida. ?Os brasileiros e as brasileiras que, como eu, sofreram na pele os efeitos da privação da liberdade sabem como a democracia faz falta. Queremos uma democracia feita de eleitores e cidadãos plenos?, afirmou.
Acompanhado do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, Dilma assistiu ao sepultamento dos restos mortais de três inconfidentes, no Museu da Inconfidência. Mortos há mais de 200 anos, as ossadas de Domingos Vidal Barbosa, João Dias da Mota e José de Resende Costa foram identificadas pela Universidade de Campinas (Unicamp) após 10 anos de estudo e agora se juntaram aos 13 inconfidentes já sepultados no monumento.
Na cerimônia, Dilma foi homenageada com o Grande Colar, grau máximo da Medalha da Inconfidência. A medalha, maior comenda concedida pelo estado de Minas Gerais, é entregue anualmente, desde 1952, para agraciar ministros de Estado, parlamentares, artistas e outras personalidades que contribuíram para o prestígio e a projeção mineira.