“Eu governo para os 204 milhões de brasileiros. Eu não governo só para o PT, só para o PSD, só para o PDT, só para o PTB ou só para o PMDB. Eu tenho que governar olhando todos os interesses. E como o nome diz, o partido é sempre uma parte”, disse Dilma.
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Com a desfeita, a presidente dá mais um sinal de que as relações com o partido não andam nada bem. Além da ausência na festa, outros episódios vêm sinalizando o descompasso entre ambos. Dilma não quis participar da propaganda partidária veiculada na última terça-feira (23) e insiste na importância da aprovação da CPMF e da reforma da Previdência para ajudar a equilibrar as contas do governo. O PT até aceita a CPMF de volta, por outro lado, é contrário a uma reforma da Previdência e encarou como derrota a aprovação no Senado do projeto de lei que acaba com a exigência de participação da Petrobras no pré-sal – matéria apoiada pelo governo. Ontem (26) membros executivos do PT se reuniram e divulgaram um documento com duras críticas ao plano de ajuste fiscal implementado pelo Palácio do Planalto.
Apesar das crescentes divergências, Dilma disse que não há mágoas e que “cada um tem a sua verdade”. “Nós vivemos numa democracia, o governo é uma coisa, os partidos são outra. Em que pesem eles serem a base, muitas vezes eles divergem. Isso é normal e tem que ser encarado com normalidade. Eu sempre pedirei apoio e conto com o apoio deles. Um partido é um partido, um governo é um governo”, declarou aos jornalistas.
Durante a visita ao Chile, Dilma participou de reuniões com empresários e almoçou com a presidente Michele Bachelet. Antes de retornar ao Brasil ela ainda deverá se encontrar com economistas da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).
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