Após os protestos em que os brasileiros exigiram menos corrupção e melhores condições sociais, as intenções de voto da presidente Dilma Rousseff caíram, assim como sua popularidade. Segundo divulgou o instituto Datafolha na noite deste sábado (29), a presidente tem agora só 30% das intenções de voto, contra 51% antes dos protestos e 54% em dezembro. Ao contrário, seus principais potenciais adversários nas eleições de 2014 cresceram na preferência do eleitorado.
A queda aconteceu no período entre a última pesquisa do instituto, apurada entre os dias 6 e 7 de junho deste mês, e a feita nesta semana, na quinta-feira (27) e sexta-feira (28). Apesar de liderar o grupo, se as eleições fossem hoje, a presidente enfrentaria um segundo turno.
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Nesse período, a ex-senadora Marina Silva, que articula a criação da Rede Sustentabilidade, passou dos 16% para 23%. Da mesma forma, o senador Aécio Neves (PSDB) subiu de 14% para 17%. Já o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), subiu de 6% para 7%, dentro da margem de erro, embora, na comparação com o índice de dezembro, tenha obtido mais três pontos percentuais.
O índice de pessoas que declararam votar em branco ou nulo subiu de 7% para 16%. Já os que afirmaram não saber em que votar aumentaram de 5% para 8%.
A popularidade de Dilma também caiu com os protestos. De acordo com Datafolha, o índice de brasileiros que aprovam a presidente baixou de 57% para 30% em apenas três semanas. É a maior queda desde o governo Fernando Collor (PTB), em 1990, semanas depois de ele confiscar a poupança numa tentativa de segurar a inflação da época.
A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais. O Datafolha ouviu 4.717 pessoas de 196 municípios.
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