A presidente Dilma Rousseff foi xingada nesta quinta-feira (12) durante e após o término da cerimônia de abertura da Copa do Mundo por parte dos torcedores presentes nas arquibancadas do estádio Itaquerão, em São Paulo (SP), onde acontece o jogo entre Brasil e Croácia. Para evitar vaias do público, como ocorreu na abertura da Copa das Confederações em 2013, em Brasília (DF), Dilma não fez hoje nenhum pronunciamento oficial na abertura do evento.
Houve críticas à Federação Internacional de Futebol (Fifa), cujo presidente, Joseph Blatter, também optou por não fazer discurso, considerando a possibilidade de vaias. Dilma e Blatter chegaram juntos à arena.
Torcedores gritaram “ei, Dilma, vai tomar no c…” e “ei, Fifa, vai tomar no c…”. Em vez dos discursos de Dilma e Blatter, crianças soltaram pássaros, simbolizando a paz.
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Mais cedo, na capital paulista, a presidenta almoçou com chefes de Estado e de Governo que estão no Brasil por conta da Copa. Ban Ki-moon, da Organização das Nações Unidas (ONU), presidentes, primeiros-ministros e vice-presidentes participaram da recepção. Além de Dilma, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também participaram da homenagem aos mandatários estrangeiros.
Dilma agracedeu a presença dos mandatários e reafirmou o pedido para que a Copa do Mundo do Brasil seja marcada pela tolerância, pelo combate ao preconceito e pelo respeito à diversidade. “Hoje, nos unimos todos para buscar não só a vitória de nossas seleções em campo, mas também a vitória da paz. Juntamos nossas vozes na luta contra todas as formas de discriminação racial e em favor do respeito mútuo independentemente de gênero, raça, origem étnica, orientação sexual, religião ou classe. Esses são valores universais e aspirações que nos comprometemos a promover nesta Copa e depois dela”, disse.
PublicidadeZorán Milanovic (primeiro-ministro da Croácia), Khesi Amissah-arthur (vice-presidente de Gana) e os presidentes Michelle Bachele (Chile), Rafael Correa (Equador), Desiré Bouterse (Suriname), José Eduardo dos Santos (Angola), Evo Morales (Bolívia), Horácio Cartes (Paraguai) e Ali Bongo Odimba (Gabão) estavam no encontro. (com agências)