Edson Sardinha
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou hoje (12) que sua participação no segundo turno da eleição presidencial está “mais assertiva”. A petista negou que tenha adotado um tom agressivo durante o debate promovido no último domingo pela Band. Segundo ela, houve apenas uma reação mais forte desencadeada por uma declaração de Mônica Serra, mulher de seu adversário no segundo turno, José Serra (PSDB).
“Eu fui atacada de forma clara. Quem deixou claro que eu estava sendo atacada foram até vocês, que registraram em todos os jornais há um mês atrás a fala da senhora Mônica Serra contra mim. E não era uma fala suave, era que a Dilma é a favor de matar criancinhas. De fato, um absurdo notório. Então, eu não acusei ninguém de nada. Eu constatei o que vocês noticiaram e está gravado”, disse.
O discurso mais duro da candidata do PT no debate da Band indica uma alteração de estratégia em relação ao primeiro turno, quando a petista evitou fazer ataques mais diretos aos adversários. A mudança de postura pegou de surpresa até José Serra, como mostrou o Congresso em Foco.
Durante evento promovido em Brasília em comemoração ao Dia das Crianças, Dilma disse que não fez nenhuma acusação contra o seu adversário e que se ateve a fatos durante o debate. “Eu não usaria a palavra ‘agressivo’, eu acho que mais ‘assertivo’. Porque não houve nenhum ataque pessoal, houve afirmação de propostas. Agressiva a campanha esteve no primeiro turno, quando houve a campanha de boatos, ou quando as pessoas que acusavam não apareciam”, declarou a candidata”, declarou.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, também reclamou da campanha dos tucanos. Segundo ele, os petistas não vão “aceitar calados” os “argumentos medievais” contra Dilma. “Eles têm uma campanha na televisão, no debate político. Ao mesmo tempo no submundo, nos subterrâneos, têm uma campanha com argumentos absolutamente medievais. Todo mundo que tem computador em casa está vendo isso”, afirmou.