Cumprindo agenda eleitoral em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (24) que está mais preocupada com sua campanha do que com os adversários políticos e a mudança do quadro eleitoral após a entrada de Marina Silva na disputa. Segundo ela, a campanha dá oportunidade para uma prestação de contas do que foi feito em três anos e oito meses de seu governo.
“Quero mostrar as conquistas desse país, quero mostrar que o país mudou, que hoje a filha de um pedreiro pode virar doutora, que hoje você vê uma empregada doméstica viajando de avião para ir visitar seus parentes”, disse Dilma. Segundo ela, não existe mais barreira de renda no Brasil.
Em entrevista coletiva no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República, ela também minimizou o impacto na Petrobras e na campanha das denúncias de irregularidades relacionadas a diretores e gestores da estatal. “O Brasil e nós todos temos que aprender que se pessoas cometeram erros, malfeitos, crimes e atos de corrupção, isso não significa que as instituições tenham feito isto. Não se pode confundir as pessoas com as instituições”, afirmou.
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Dilma assegurou que a Petrobras é “muito maior que qualquer agente dela, diretor ou não, que cometa equívocos e crimes”. A candidata evitou comentar sobre a decisão do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, de propor acordo de delação premiada para colaborar nas investigações sobre corrupção nos negócios da empresa.
A candidata ainda negou que haja atraso no pagamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em resposta às declarações de empreiteiros que afirmaram não receber os valores de parcelas nos dias acertados com o governo. Segundo ela, “o que existe é um delay normal” entre o empenho do dinheiro, a fiscalização das obras e o pagamento.
Dilma Rousseff almoçou hoje com o escritor e jornalista Lira Neto, autor da trilogia sobre Getúlio Vargas, cujo suicídio completa 60 anos neste domingo. Ela também elogiou o filme de João Jardim sobre o ex-presidente, lembrando que são obras que desvendam um político que deixou sua marca no país. “Se nós não entendermos a história do nosso país, não entenderemos a construção da nação brasileira. Um país é feito da sua história, das suas memórias, das suas lideranças políticas”, afirmou.
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