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Segundo o senador, a bancada do PT no Senado vai propor alterações nas medidas provisórias e sugerir ao governo que adote outras ações para reequilibrar as contas, como o fim da isenção sobre lucro e dividendos de ações e cotas de empresas. Para ele, o ajuste fiscal deve ser feito sem comprometer bandeiras históricas do partido.
Lindbergh disse que a bancada está muito preocupada com o clima político no país e que setores da oposição flertam com “posição claramente golpista” ao defenderem o impeachment da presidenta reeleita.
Quarto colocado na disputa ao governo do Rio de Janeiro, o petista não recebeu o apoio de Dilma na eleição de 2014. Mas afirma que trabalha para que o segundo governo dela dê certo. “Eu quero que o governo dê certo, por isso estamos tratando aqui como aliados. É necessário virar o jogo. A pauta do jeito que está nos coloca na defensiva política”, disse o senador ao Globo.
Publicadas em dezembro, as Medidas Provisórias 664 e 665 modificam regras de acesso a direitos trabalhistas e previdenciários. Aumentam o rigor para a concessão do abono salarial, do seguro-desemprego, da pensão por morte e do auxílio-doença. O governo estima que essas medidas vão resultar em uma economia anual de R$ 18 bilhões. Mas as centrais sindicais e o próprio PT criticam essas mudanças. Ontem Dilma ouviu cobrança de representantes das centrais sindicais. Uma resolução aprovada no fim de semana pelo PT também cobrou coerência da presidenta, que, durante a campanha eleitoral, afirmou que os direitos trabalhistas não seriam modificados “nem que a vaca tossisse”.