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“Não podemos permitir, é bom dizer isso, como brasileiros que amam e defendem este país, que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar diminuir a imagem de nossa maior empresa, nossa empresa mãe, ou para tentar confundir quem de fato trabalha a favor com quem trabalha contra a Petrobras”, discursou.
Dilma prometeu agir, com o máximo de rigor, contra “todo tipo de malfeito, ação criminosa, tráfico de influência, corrupção ou ilícito de qualquer espécie, seja ele cometido por quem quer que seja”, declarou a presidenta, na cerimônia de batismo do navio Henrique Dias, no porto de Suape, em Ipojuca (PE).
A estatal está sob fogo cruzado após uma série de denúncias, que vão do pagamento de propina a funcionários à suspeita de superfaturamento na compra de uma refinaria nos Estados Unidos, passando pela prisão de um ex-diretor da empresa, acusado de participar de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro.
Mil vezes
Assim como Dilma, a presidente da Petrobras, Graça Foster, também saiu em defesa da empresa. Graça irá ao Senado e à Câmara amanhã, numa tentativa de tentar frear as investidas da oposição pela instalação da CPI da Petrobras. Ao lado de Dilma, Graça destacou os investimentos da empresa por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) e do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp).
“Nós acreditamos na Petrobras, acreditamos na Petrobras mil vezes. E certamente amamos o nosso país”, disse a presidente da empresa.
Malfeitos
Sem citar o pedido de CPI da oposição no Congresso, Dilma ressaltou que órgãos do governo federal, como a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), apuram denúncias de “malfeitos”. “A Petrobras jamais vai se confundir com qualquer malfeito, ato corrupção ou qualquer ação indevida, que quaisquer pessoas, das mais às menos graduadas. Nós estamos com determinação aqui nos comprometendo a cada dia que passar, vai ser apurado com o máximo de rigor. O que tiver de ser punido, será com o máximo de rigor.”
“O governo tem de ir para a ofensiva e debater esse assunto com muita força. A gente não pode ficar permitindo que, por omissão nossa, as mentiras continuem prevalecendo. Temos de defender com unhas e dentes aquilo que achamos que é verdadeiro, os fatos concretos”, declarou.