Os dados revelam outra disparidade: os três candidatos que aparecem à frente nas pesquisas eleitorais somam R$ 185 milhões dos R$ 188 milhões arrecadados por todos os 11 presidenciáveis. Ou seja, Dilma, Marina e Aécio concentram 98,3% de todo o montante levantado para a disputa presidencial até o momento. Entre os demais concorrentes, o único que informou ter passado da cifra milionária foi Eduardo Jorge (PV): R$ 2,4 milhões. A campanha com menos dinheiro é a de Rui Costa Pimenta (PCO), com R$ 10,4 mil.
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O principal financiador de Dilma até agora é a Construtora OAS, que repassou R$ 20 milhões para a petista. No caso de Aécio, o maior montante vem de outra empreiteira, a Andrade Gutierrez, que colaborou com R$ 8 milhões. Já Marina Silva, cuja prestação inclui repasses feitos ao seu antecessor, Eduardo Campos (PSB), tem como principal financiador o grupo JBS, que transferiu R$ 6 milhões para sua campanha.
O candidato pode receber recursos em uma conta bancária aberta em seu próprio nome ou pelo comitê financeiro de sua campanha. A legislação brasileira permite contribuições de pessoas físicas e empresas, além da utilização de recursos públicos, por meio do chamado fundo partidário, destinado às legendas.
Despesas
PublicidadeO TSE também divulgou os gastos declarados pelos candidatos. Somas as despesas do diretório nacional e dos comitês financeiros, Dilma foi quem mais gastou até aqui (R$ 50,5 milhões), seguida por Aécio (R$ 35,4 milhões) e Marina (R$ 18,4 milhões).
Como mostra reportagem da Revista Congresso em Foco, esta eleição se projeta como a mais cara da história do país. Os quase 25 mil candidatos estimaram, em declaração à Justiça eleitoral, arrecadar e gastar até R$ 71 bilhões.
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