Diálogo com a comunidade é ponto de partida para evitar crise
A análise de risco social é hoje tão importante para o desenvolvimento de projetos quanto a do risco operacional. Por isso, sai na frente aquele que mantém diálogo permanente com a comunidade local onde se pretende investir.
Os gestores capazes de compreender as preocupações das comunidades em que operam tendem a construir relações positivas com os seus membros, cujo apoio é fundamental para o sucesso do empreendimento. O resultado é a percepção do quanto suas decisões afetam e são afetadas por problemas e preocupações locais.
A incapacidade de reconhecer o risco de conflito social, por outro lado, pode custar milhões e congelar investimentos por anos.
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“Redes sociais não nos empoderam, nos usam”, diz historiador
Nos Estados Unidos, governo e agentes reguladores querem que Facebook, Google e Twitter controlem o conteúdo que circula em suas plataformas. O depoimento de representantes das três redes sociais no Congresso americano para explicar a difusão de noticias falsas que acabaram por interferir nas eleições presidenciais, trouxe de volta o debate sobre a regulação do setor.
Instado a comentar o assunto no quadro Viewsnight do programa Newsnight da BBC, o historiador Niall Ferguson responsabilizou as redes sociais pela polarização e o extremismo que se disseminam hoje em todo o mundo. O historiador disse que somente em dois momentos da história as novas tecnologias foram capazes de “empoderar” as redes, enfraquecendo o Estado e as hierarquia.
A primeira foi há 500 anos, quando a recem lançada imprensa fez ecoar a reforma protestante, liderada por Martin Lutero. A segunda acontece agora, com as redes sociais lideradas pelos “sacerdotes do Vale do Silício”. Ambos os momentos, disse Ferguson, têm a marca da polarização e do extremismo.
“Os sacerdotes do Vale do Silício nos prometeram uma comunidade global. Mas, agora, assim como antes, redes recém-empoderadas levaram à polarização, e não à união. Viraram, também como antes, um meio de transmissão de notícias falsas e visões extremistas”, disse, comparando a era atual com os tempos de Lutero.
O historiador conclama os usuários a chamarem para si a responsabilidade do controle de conteúdo, em lugar de dar ainda mais poder às plataformas. “ Hoje, agentes regulatórios exigem que o Vale do Silício retire o discurso de ódio das plataformas. Mas atenção quanto a dar às empresas de tecnologia ainda mais poder. Se é censura o que você quer, não a deixe cargo do Facebook”, declarou.
Facebook: Aluga-se para temporada
As redes sociais não param de se reinventar. A novidade ainda está em fase experimental, mas já incomoda até mesmo os mais modernos sites de locação de imóveis nos Estados Unidos. O Facebook criou uma aba especial para aluguel de imóveis.
Fruto de parceria com Apartment List e Zumper, a nova opção “Rentals” da plataforma já oferece centenas de milhares de propriedades desde o dia 9 de novembro para as pessoas que usam o Marketplace nos EUA. A nova interface possibilita ver imagens, fazer um tour de 360º , consultar o tamanho do cômodos e entrar em contato direto com o proprietário.
O Marketplace do Facebook, que ainda não está acessível para brasileiros, já disponibiliza automóveis para aluguel.