Apesar da decisão do ministro Teori Zavascki de afastar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara e do exercício de seu mandato, nos gabinetes nada mudou. Com exceção do chefe. Assessores de Cunha permanecem executando atividades na sala da presidência, que agora é exercida pelo primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA). “É como um dia normal de trabalho, só que com um novo chefe”, disse um servidor ao Congresso em Foco.
No gabinete número 510, no anexo IV da Câmara, assessores do gabinete de apoio do peemedebista continuam com a rotina de trabalho. “Não posso dizer que é um dia normal, estamos aguardando orientação”, disse uma secretária parlamentar de Cunha.
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No gabinete de Waldir Maranhão, funcionários ainda não sabem se serão deslocados para atuar na presidência ou não. Todos aguardam orientações.
Eduardo Cunha está em sua residência oficial em Brasília e ainda não se manifestou publicamente sobre a decisão de Teori – que deverá ser submetida à apreciação do plenário da corte ainda hoje. A defesa do deputado irá recorrer contra a suspensão, argumentando que a prerrogativa de afastar um deputado ou senador do exercício de suas funções pertence ao Legislativo, e não ao Judiciário.
Relator dos processos da Operação Lava Jato, o ministro concedeu liminar em um pedido de afastamento feito pela Procuradoria-Geral da República, que listou 11 situações de uso do cargo pelo deputado para “constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar investigações”.
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