Entre as pautas das manifestações está a prisão imediata dos 25 condenados no processo do mensalão, a aprovação de propostas pelo Congresso como os projetos que aumentam os órgãos de controle da corrupção, o que prevê a redução do número de deputados de 513 para 250, o fim do voto obrigatório e o novo Plano Nacional de Educação, que garante 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área e ainda está no Senado.
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Em Brasília, como haverá desfile do 7 de setembro, jogo do Brasil contra a Austrália e outras atividades em um raio de oito quilômetros, a expectativa do governo local é que 850 mil pessoas estejam nas ruas da capital. Com receio de manifestações, a Secretaria de Segurança mobilizou quase metade dos policiais que estão na ativa. Somente nos arredores do estádio Mané Garrincha, serão 1,3 mil policiais militares, 110 agentes do Detran, 25 policiais civis e 124 bombeiros. No total, são 4,5 mil policiais nas ruas.
Na Esplanada dos Ministérios, onde haverá o desfile cívico e, na sequência, o Grito dos Excluídos, a segurança será compartilhada com as Forças Armadas, uma vez que a presidenta Dilma Rousseff estará presente no evento. De acordo com o comandante-geral da PM, Jooziel Melo Freire, bolsas, mochilas e sacolas serão revistadas em todos os eventos e manifestantes mascarados serão detidos até que se identifiquem.
No Rio de Janeiro, de acordo com a Agência Brasil, o desfile do Dia da Independência terá este ano um efetivo 40% menor em relação aos anos anteriores. Aproximadamente 6 mil pessoas participarão do desfile, que começará às 9h. Ao invés das três horas tradicionais, o evento vai durar duras horas. De acordo com a PM fluminense, a redução ocorreu em parte por causa das manifestações.
Grito dos excluídos
Manifestantes e policiais entraram em conflito na manhã de hoje em Brasília devido a protestos ocorridos nos principais acessos do Entorno do Distrito Federal. A PM do DF relatou a prisão de cinco pessoas. A Agência Brasil informou houve seis pessoas presas e três feridas sendo atendidas no Hospital Regional do Guará. A informação é atribuída à a assessoria de imprensa da Organização de Comunicação Universitária Popular (Ocup), que articulou os protestos de hoje. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, continuou a ABr, ainda não há registro de entradas de manifestantes atingidos.
Já o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) afirmou, em nota, um número maior do que a Ocup. Segundo a entidade, mais de 20 pessoas ficaram feridas, cinco permanecem internadas. O MTST diz que, durante a ação da polícia houve “espacamento, prisões absurdas e uma criança ferida”.
O protesto, para mobilização do Grito dos Excluídos, teve a participação, segundo a entidade, de 800 famílias do MTST no Distrito Federal e quatro rodovias paralisadas. “Exigimos a soltura dos presos; o fim imediato das perseguições e retratação pública e indenização para as famílias agredidas e criminalizadas”, diz a nota.
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