Esquema criminoso envolvendo empresas de detetive e funcionários de operadoras de telefones fixos e móveis garante a quebra ilegal de sigilo telefônico de qualquer usuário a partir de R$ 300.
De acordo com reportagem do Jornal da Tarde, foram consultadas 20 agências de detetive, todos ofereciam o serviço. Os detetives ouvidos pelo jornal disseram que algumas empresas são mais fáceis e outras mais difíceis de conseguir as informações, mas que nenhuma é impossível.
O extrato das contas traz todas as ligações feitas e recebidas ao longo do mês, além do endereço, RG e CPF do usuário. Os R$ 300 são cobrados para cada mês de extrato, mas os detetives também fazem pacotes quando os clientes pedem as informações de mais de um mês e oferecem microfilmes por um valor adicional.
O delegado titular da Delegacia de Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos, Plínio Sales, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado de São Paulo, disse que a polícia desconhecia essa prática até porque as vítimas muitas vezes não sabem que tiveram o sigilo telefônico quebrado e, portanto, não prestam ocorrência. “A quebra de sigilo é novidade, uma denúncia grave”, avaliou ele.
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