Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram uma ligeira queda na taxa de desocupação no trimestre terminado em agosto. De acordo com as informações, no período, o Brasil tinha 13,1 milhões de desempregados, 4,8% a menos em relação ao trimestre terminado em maio deste ano. Menos 658 mil pessoas frente ao trimestre anterior.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE. De acordo com as informações, a melhora na ocupação continua sendo puxada pela informalidade e pelas contratações no setor público, de acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
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No entanto, apesar da melhora, se comparar o período atual com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 9,1% no número de desempregados no país. De acordo com o IBGE, em agosto deste ano o Brasil tinha 1,1 milhão de desempregados a mais que no mesmo período do ano passado.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada, 33,4 milhões de pessoas, ficou estável frente ao trimestre anterior – março a maio de 2017. O número de empregados sem carteira de trabalho assinada, que pelos dados do IBGE são 10,8 milhões de pessoas, cresceu 2,7% em relação ao trimestre anterior, representando um incremento de 286 mil pessoas.
A categoria dos trabalhadores por conta própria (22,8 milhões de pessoas) cresceu 2,1% em relação ao trimestre março-abril-maio (mais 472 mil pessoas). “O que a gente percebe agora é um crescimento do emprego sem carteira assinada, com quase 70% dos novos postos de trabalho sendo criados na informalidade“, afirmou Azeredo.
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.105 no trimestre de junho a agosto de 2017, registrando estabilidade frente ao trimestre de março a maio de 2017 (R$ 2.116). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.066) o quadro também foi de estabilidade.
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